“A defesa da paz e a situação internacional” foi o mote para uma sessão pública realizada no Salão Nobre do Teatro Garcia de Resende, em Évora, no dia 28 de março.

A iniciativa foi organizada pelo Conselho Para a Paz e Cooperação (CPPC) e contou com a participação de Ilda Figueiredo, presidente da Direção Nacional do CPPC; de Bernardino Grilo, do núcleo de Évora do CPPC; de Carlos Pinto de Sá, presidente da Câmara de Évora; e de José Goulão, jornalista.

À margem do evento, Ilda Figueiredo frisou que “a paz é uma emergência do nosso tempo e é essencial pôr fim às guerras nos diferentes sítios onde elas existem, seja na Europa, em África ou no Médio Oriente”.

A presidente do CPPC afirmou que “as pessoas querem a paz e têm direito a ela, por isso em vez da corrida aos armamentos e do recurso à guerra para resolver as divergências, nós propomos aquilo que diz a Carta das Nações Unidas e também a Constituição da República Portuguesa, ou seja, a negociação e a via diplomática para a resolução dos conflitos”.

Na sua opinião, “só assim pode haver desenvolvimento, progresso social e as pessoas podem ver satisfeitas as suas carências, os seus problemas, terem condições de vida dignas e serem felizes”, reiterando que “a paz é uma questão central para que tudo isto possa acontecer”.

Ilda Figueiredo reforçou que “seja a guerra na Ucrânia, no Iémen ou a ocupação que Israel está a fazer na Palestina, por exemplo, o fundamental sempre foi a paz e a resolução dos conflitos por via da negociação”, alertando que “a guerra não resolve os problemas, contribui sim para o seu agravamento”.

Defendeu ainda que “o dinheiro que vai para os armamentos deve ir para o desenvolvimento e para a melhoria das condições de vida, para pôr fim às desigualdades e à pobreza”.

Também em declaração ao Diário do Sul, Carlos Pinto de Sá lembrou que “nós temos uma tradição de cooperação com o CPPC que queremos manter e intensificar, tanto mais que as ameaças à paz e a guerra estão aí, em diferentes pontos do globo”.

Para o presidente do Município de Évora, “é fundamental que possamos continuar a educar e a esclarecer para a paz, sobretudo as gerações mais novas porque ouvimos falar da guerra ao longe, mas pode-nos ‘tocar à porta’”.

Na sua perspetiva, “os perigos são cada vez maiores porque a generalidade dos grandes conflitos que hoje temos no planeta são conflitos que têm a participação de atores globais e que em geral têm a ver com o domínio do mundo em termos económicos e de influência política”, realçando que “por essas razões podem sempre ‘bater-nos à porta’”.

A esse respeito, o autarca constatou que “agora estão a atingir-nos de um modo indireto, mas pode ser de outra forma”.

A par disso, Carlos Pinto de Sá considerou que “é importante ouvirmos ideias diferenciadas sobre os conflitos que ocorrem em diversas zonas do globo, além dos conflitos mais locais, que não têm tanta expressão na comunicação social, mas que afetam e matam muita gente, embora não tenhamos tanto conhecimento deles”.

Autor: Redação DS / Marina Pardal
Foto: DS

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