No dia 01/04, pelas 16:30h inaugura a exposição “Evolução” do grupo “UP Creators” no Convento de S. Domingos em Montemor-o-Novo.

A proposta para a exposição deste coletivo recém criado surge depois de ter visitado o local expositivo aquando da inauguração de uma exposição de dois amigos e ter ficado fascinada com a ideia de apresentar,  aos elementos do projeto  “UP Creators” (ARTM USÁ/ DIANA PRATAS/ GENY PITTA/ ILDEBRANDA MARTINS/ JOSÉ H. PRADO/ MARITA VASKOVA / MAR / PEDRO FERNANDES/ ZÉ LUÍS), um local expositivo grandioso, anteriormente sagrado, entre azulejos antigos, sepulturas de um passado longínquo,  nichos onde já habitaram Santos.

No dia da inauguração contamos com desfile de moda (Halyna Shcherban) e apontamentos musicais (Grupo Coral “Fora D`Oras” e do Grupo Feminino “Ecos do Monte”).

A exposição ficará patente até 15-05-2023.

GRUPO ARTISTICO “UP CREATORS”

Inicialmente o grupo foi constituído com o objetivo de agregar artistas e criadores da Ucrânia residentes em Portugal há vários anos e artistas portugueses. A sigla UP Creators, assim o indica, mas atualmente os seus objetivos são mais globais, inclusivos e os interesses passam por agregar vários criadores, de diversos países e sectores da cultura. A “UP Creators” pretende servir de ponte à integração das diversas comunidades e personalidades artísticas, sendo o multiculturalismo e universalidade uma pedra basilar do grupo. O coletivo, que pretende dar a conhecer ao público em geral as diversas influências e correntes artísticas tem, no entanto, três artistas fundadores, permanentes, no papel de decisores. São eles os seguintes: Artem Usá, Ildebranda Martins e José Henrique Prado.

O conceito de exposição é multifacetado e além da pintura e escultura (elementos essenciais), poderá ser mais abrangente e incluir moda, música ou outra. A título de exemplo, na Galeria Beltrão Coelho – Julho de 2022 – durante a exposição foi apresentado um concerto informal pelo cravista Andriy Pracht e um desfile de moda da designer Halyna Shcherban.

LOCAL EXPOSITIVO CONVENTO DE S. DOMINGOS EM MONTEMOR-O-NOVO

Fundado em 1559 o Convento dos Dominicanos de Montemor-o-Novo “(…) teve a sua origem numa capelinha gótica (…) dedicada a Santo António. Depois de dada a autorização para a sua instituição, iniciou-se a edificação do templo em 1561 e alguns anos mais tarde, em 1565, a comunidade dominicana começava a construir o edifício conventual.

Este edifício insere-se no modelo tipológico das igrejas dominicanas edificadas na segunda metade do século XVI. As obras do complexo conventual prolongaram-se até cerca de 1619, data em que o convento ficou “habitável”, passando a albergar a partir de então uma pequena comunidade de religiosos.

O conjunto conventual apresenta uma planta em L, que se desenvolve em volta do claustro. A igreja, dedicada a Santo António, implanta-se longitudinalmente, com fachada de linhas simples e austeras, destacando-se o pórtico com frontão triangular, encimado por duas janelas retangulares, que interiormente iluminam o coro, e um óculo. Do lado direito foi adossada uma construção, pertencente às dependências conventuais.

O interior do templo é composto por nave única com capelas laterais e pelo espaço da capela-mor, de planta quadrangular. Do espaço conventual, destaca-se o claustro quadrado de dois pisos.

Depois da extinção das ordens religiosas, o Convento de São Domingos foi vendido em hasta pública. No entanto, devido à incúria dos proprietários, as estruturas do edifício e da igreja entraram em progressiva degradação, pelo que o conjunto estava bastante arruinado em meados do século XX. Em 1972 o Grupo de Amigos de Montemor-o-Novo patrocinou um projeto de recuperação, da autoria do arquiteto Raul Santa Clara, que visou a adaptação do convento a biblioteca municipal e museu. Depois das obras, foi instalado neste espaço o Museu Arqueológico local. 

TITULO / TEMA: “EVOLUÇÃO”

Inicialmente o titulo da exposição estava relacionado diretamente com a sua natureza imperfeita,  assente na noção de caos organizado, em que, de forma harmoniosa,  num local histórico, entre azulejos antigos, sepulturas de um passado longínquo,  nichos onde habitaram santos,  se iria juntar escultura cerâmica tendencionalmente figurativa, instalações de material improvável,  pintura de paisagens urbanas, na prática, várias técnicas que denunciam estilos, personalidades artísticas quase antagónicos. Pensou-se também designar a exposição de “confluências”, devido à imagem simbólica da junção diversos riachos num só rio, que traduziria a associação de várias expressões e manifestações de arte num só espaço, em nome da elevação da arte. Concluiu-se, no entanto, que “Evolução” traduzia melhor a ideia do coletivo. O grupo UP CREATORS apresenta-se neste espaço expositivo com vontade de evoluir como coletivo. Individualmente, como artistas, assiste a todos uma vontade grandiosa de estar em constante movimento, em processo de descoberta, numa evolução continua.

Fonte: Nota de Imprensa

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