PS mantém dois deputados em Évora, PSD reconquista um e CDU perde mandato
Nas eleições legislativas deste domingo, Luís Capoulas Santos e Norberto Patinho foram os dois deputados eleitos pelo PS pelo círculo eleitoral de Évora, no qual também o PSD conseguiu um mandato, elegendo Sónia Ramos.
Por sua vez, a CDU não conseguiu eleger João Oliveira, perdendo assim o seu deputado por Évora na Assembleia da República. De salientar que em todas as eleições democráticas em Portugal, desde 1976, os comunistas tinham sempre conseguido a eleição de pelo menos um deputado por este círculo eleitoral.
Quanto a números, no distrito de Évora, o PS obteve 43,95%, o que representa 34 693 votos e a obtenção de dois mandatos. Foi o partido mais votado nos 14 concelhos do Alentejo Central.
Desta forma, elegeu Luís Capoulas Santos, antigo ministro da Agricultura e ex-deputado europeu, e Norberto Patinho, que foi presidente da Câmara de Portel. Recorde-se que ambos já eram deputados pelo PS na anterior legislatura.
Por sua vez, o PSD alcançou 21,41% (16 902 votos), voltando a ter representação na Assembleia da República por este círculo eleitoral, depois de a ter perdido nas legislativas de 2019.
Assim sendo, foi eleita Sónia Ramos, presidente da Distrital de Évora do PSD, que também já tinha sido cabeça-de-lista nas eleições de 2019.
A terceira força política mais votada foi a CDU, com 14,56% (11 494 votos), mas tal não foi suficiente para conseguir um mandato, já que o círculo eleitoral de Évora apenas elege três deputados.
Segue-se o Chega, com 9,15% (7 222 votos); o Bloco de Esquerda, com 3,33% (2 628 votos); a Iniciativa Liberal, com 2,47% (1 947 votos); o CDS-PP, com 1,14% (896 votos); o PAN, com 0,84% (665 votos) e o Livre, com 0,63% (496 votos).
Ficam ainda os resultados dos restantes partidos: R.I.R. (0,33% – 263 votos), Volt (0,12% – 96 votos), MAS (0,10% – 77 votos), MPT (0,08% – 63 votos), Ergue-te (0,07% – 56 votos) e PTP (0,05% – 42 votos).
Em relação aos votos em branco, foram 843 (1,07%), enquanto os votos nulos somaram 557 (0,71%).
No distrito de Évora, a abstenção foi de 41,45%, significando que foram votar 78 940 pessoas, das 134 828 inscritas.
Beja continua com dois deputados do PS e um da CDU
A noite eleitoral do passado domingo não trouxe grandes mudanças no distrito de Beja, já que o PS manteve os dois mandatos que já tinha e a CDU também continuou com um deputado.
O PS alcançou 43,73%, totalizando 29 533 votos, números que levaram à obtenção de dois dos três mandatos disponíveis neste círculo eleitoral. De salientar que os socialistas conseguiram a maioria nos 14 concelhos do distrito de Beja.
Os eleitos foram Pedro do Carmo, que já era deputado do PS por Beja na anterior legislatura, e Nelson Brito, antigo presidente da Câmara de Aljustrel.
A segunda força política mais votada neste distrito foi a CDU, chegando aos 18,42%, com 12 442 votos, e conquistando assim o outro mandato. Desta forma, João Dias voltou a ser eleito deputado pelos comunistas pelo círculo eleitoral de Beja.
Os resultados alcançados pelo PSD não foram suficientes para conseguir a eleição de um deputado, perdido nas eleições de 2019. Ainda assim, obteve 15,94%, o que significou 10 767 votos.
Já o Chega, passou a ser a quarta força política mais votada no distrito de Beja, posição que tinha sido ocupada pelo Bloco de Esquerda nas eleições de 2019.
No passado domingo, o Chega obteve 10,27%, com 6 932 votos; enquanto o Bloco de Esquerda ficou-se pelos 3,72%, com 2 511 votos.
Seguem-se a Iniciativa Liberal com 2,06% (1 388 votos), o PAN com 0,88% (597 votos), o CDS-PP com 0,76% (515 votos) e o Livre com 0,73% (491 votos).
Da lista dos resultados destas eleições legislativas no distrito de Beja fazem ainda parte o PCTP/MRPP (0,61% – 415 votos), R.I.R. (0,23% – 156 votos), Volt (0,15% – 103 votos), MPT (0,13% – 89 votos), Ergue-te (0,12% – 78 votos), MAS (0,09% – 62 votos) e PTP (0,07% – 45 votos).
Quanto aos votos em branco, foram 767 (1,14%), sendo que os votos nulos perfizeram 639 (0,95%).
Relativamente à abstenção, no distrito de Beja, foi de 44,14%, refletindo que foram votar 67 530 eleitores, dos 120 888 inscritos.
PS voltou a eleger os dois deputados de Portalegre
PS voltou a conquistar os dois deputados pelo círculo de Portalegre. Os socialistas chegaram aos 47.21%, elegendo Ricardo Pinheiro e Eduardo Alves, conquistando 25 271 votos, enquanto o PSD ficou em segundo, com 12 432 votos, reunindo 23.23% do eleitorado. O CHEGA foi o partido que mais subiu, atingindo os 11.46%, o que equivale a 6 136 votos.
No discurso da vitória, Ricardo Pinheiro sublinhou que os representantes socialistas não apresentaram projetos em vão. “Apresentámos obras e a estratégia associada num momento que se chama a cultura organizacional do partido socialista”, disse, elogiando o trabalho dos deputados eleitos e dos militantes “que se faziam representar para defenderem o distrito de Portalegre”.
Adiantou ainda que o PS “é um partido que se preocupa com os verdadeiros problemas do nosso distrito, com os maiores e mais pequenos”, assumindo que o partido tem “um projeto delineado sobre como o distrito deve continuar a avançar nos próximos anos.”
O PS superou o resultado de 2019, quando chegou aos 44.6%, com 23 013 votos, enquanto o PSD também subiu. Nas últimas legislativas os social-democratas ficaram-se pelos 20.11%, com 10 375 votos. Já o CHEGA tinha registado 2.73%, com 1 407 votos.
A maior queda foi conhecida pelo Bloco de Esquerda, que baixou dos 8.07% em 2019 para os 2.9 este domingo, traduzindo uma redução de 4 166 votos para 1 550. A CDU baixou de 10.62 para 7.58%, registando uma queda de 5 480 para 4 058 votos.
O Partido Socialista venceu em todos os concelhos do distrito de Portalegre: Alter do Chão (44.1%), Arronches (40.2), Avis (38.40), Campo Maior (50.92) Castelo de Vide (50.41), Crato (51.68), Elvas (46.52), Fronteira (43.61), Gavião (57.83), Marvão (50), Monforte (42.97), Nisa (50.6), Ponte de Sor (50.15), Portalegre 44.55) e Sousel (47.15).
O PSD foi segundo na grande maioria dos municípios, à exceção de Avis, onde a CDU manteve o segundo lugar, com 30.8%. Os social-democratas chegaram aos 14.02 e o CHEGA alcançou 8.89%. Ainda assim, é por estas paragens que os comunistas vão resistindo, com a freguesias de Alcórrego e Maranhão, a par da Aldeia Velha, a voltarem a dar a vitória à coligação. Em Alcórrego e Maranhão a CDU chegou aos 41.8%, contra os 35.55 do PS, enquanto na Aldeia Velha alcançou os 41.61% e os PS 27.52.
Os concelhos de Elvas e Monforte voltaram a registar os melhores resultados para o partido de André Ventura, 18.73 e 18.07%, respetivamente. Em Elvas, o PSD registou 1 855 votos, contra os 1 770 do CHEGA, mas o partido de Ventura ultrapassou os social-democratas em cinco das sete freguesias do concelho.
Já em Monforte, o CHEGA alcançou 18.07%, com 257 votos, enquanto PSD não foi além dos 21.03% equivalentes a 299
votos.
Autores: Redação DS / Marina Pardal e Roberto Dores
Fotos: Arquivo