O Centro de Arte e Cultura da Fundação Eugénio de Almeida apresenta, nos dias 19, 20, 21, 22, 26, 27, 28 e 29 de janeiro o programa Duas ou três coisas…
Em jeito de laboratório, participado e aberto, o Centro de Arte e Cultura da Fundação Eugénio de Almeida promove ao longo das próximas duas semanas, o programa Duas ou três coisas… Trata-se de uma série de encontros com saberes, vozes e perspetivas da cidade, procurando campos de debate que cruzam Évora com os seus horizontes atuais. Na primeira pessoa, os encontros trazem ao Centro de Arte e Cultura personalidades ligadas ao meio artístico, cultural e académico para falarem das suas instituições, dos seus projetos, das suas formas de verem o seu trabalho ser parte da cidade que somos e todos os dias se constrói. Durante este mês de janeiro, o Centro de Arte e Cultura toma de empréstimo o título do filme de Jean-Luc Godard Duas ou três coisas que eu sei dela e torna-se uma sala da cidade, um palco de encontros, de diálogos, de partilha.
O programa, que decorre neste mês de janeiro, tem início no dia 19, às 18h00, com dois encontros. No primeiro, Livrarias independentes, Helena Girão Santos, da Fonte de Letras, propõe-se abrir algumas páginas: O que é uma livraria independente e qual é o seu papel? Será diferente uma livraria independente em Évora ou numa grande cidade? Será uma decisão política, para além das outras mais óbvias, ajudar a manter uma livraria independente numa cidade? Segue-se Isaac Fandinga, Presidente da Direção da SHE, que convida a conhecer a Harmonia: uma sociedade eborense no século XXI, uma das mais emblemáticas e ativas associações culturais de Évora.
No dia 20, às 18h00, a artista plástica Anabela Calatróia, reconhecida pelas suas instalações e intervenções na paisagem da cidade, apresenta Uma carta para ela, entre outros dos seus projetos de criação e intervenção. Vamos depois ao encontro da jovem artista Ariel de Almeida (Ariel Porque Sim), que propõe A Tatuagem como uma das belas artes…, um olhar diferente sobre a tatuagem enquanto ato de auto-inscrição, focando o seu trabalho na frase “com tinta me dispo”.
Em Cartografias da cidade, cinco jovens performers apresentam, no dia 21, às 18h00, a documentação do seu trabalho de inquirição sobre a cidade. Os projetos, realizados no âmbito da disciplina de Performance da Licenciatura em Teatro da Universidade de Évora, interrogaram a cidade nas suas carências, nas suas in-diferenças, a caminho de uma política de afetos performativa, mobilizadora e inquietante. Os trabalhos são de Danilsa Gonçalves, David Almeida, Fabrísio Canifas Delgado, Joana Gonçalves e Manuel Prazeres, sob a coordenação de Beatriz Cantinho.
No dia 22, às 16h00, Fernando Moital, professor, dinamizador da Comunidade da Escola Horta das Figueiras e coordenador pedagógico do Projeto Além Risco, propõe como tema Évora e cidadania: o tempo das crianças, para uma conversa à volta da importância da participação das crianças na vida da cidade. Estarão presentes as crianças Álvaro Mendes, Mariana Baião e Sarah Rodrigues para partilhar os seus sonhos, interrogações, entusiasmos e sugestões para uma cidade mais participada também pelos seus mais jovens cidadãos. Na segunda parte da sessão, teremos um outro encontro, que se adivinha divertido e pontuado de risos, para conhecer A vida dura do palhaço Diogo Duro.
Residências de criação Arte & Ciência: um projeto em gestação traz ao Centro de Arte e Cultura no dia 26, às 18h00, o biogeógrafo e investigador Miguel Bastos Araújo, Prémio Pessoa 2018, e que falará das relações entre Arte e Ciência e das possibilidades deste diálogo em contexto de residências de criação.
Évora, uma cidade candidata a Capital Europeia da Cultura é o mote para um diálogo com Paula Mota Garcia, Coordenadora da Equipa de Missão Évora 2027, que acontece no dia 27, às 18h00. Submetida a candidatura de Évora a Capital Europeia em 2027, importa ouvir a coordenadora da Equipa de Missão falar da cidade que se candidata, dos desafios que encontrou e das expectativas que o processo de candidatura não terá deixado de projetar.
Há encontro marcado com o cantautor Luís Pucarinho no dia 28, às 18h00, para a sessão 10 anos de carreira celebrados com novos projetos e com memórias fortes, uma oportunidade para conhecer melhor a identidade vocal e interpretativa de um músico singular. Pucarinho trará ao encontro um pouco da sua história, mas também a sua música, evocando temas que marcaram a sua carreira e apresentando alguns dos temas que integram o seu próximo projeto, esperado para 2022.
O programa encerra com O estado da arte, a sessão que tem lugar no dia 29, às 16h00.
A partir de um dossier que a revista Electra apresenta, no seu último número de 2021, com questionamentos e inquietações hoje fundamentais sobre arte contemporânea, juntam-se para uma conversa partilhada António Guerreiro, Editor da revista; José Manuel dos Santos, Diretor Artístico da Fundação EDP; José Miguel Gervásio, Artista, Mestre em Práticas Artísticas pela Universidade de Évora, e José Alberto Ferreira, Diretor Artístico do Centro de Arte e Cultura.
A entrada é livre, limitada aos lugares disponíveis.
Em todos os eventos é obrigatória a apresentação de certificado digital (de acordo com normas da DGS em vigor).
Fonte: Nota de Imprensa / Fundação Eugénio de Almeida