As insolvências aumentaram 7,3% em setembro face a 2022, consolidando a tendência de subida que se regista desde maio deste ano. O último mês encerrou com 411 insolvências, mais 28 que no período homólogo de 2022. O acumulado que totaliza 2.791 ações de insolvência está ligeiramente abaixo do valor alcançado nos primeiros nove meses de 2002 (-0,7%).
A análise por tipologia de ações permite identificar que as declarações de insolvência requeridas por terceiros estão a aumentar face a 2022 (mais 51 pedidos, aumento de 11%), assim como as declarações apresentadas pelas próprias empresas (aumento de 10%). Os encerramentos com plano de insolvência diminuíram nos primeiros nove meses deste ano face a 2022 (menos três encerramentos, decréscimo de 9,1%) assim como os processos encerrados: 1.679 em 2023 contra 1.799 em 2002 (-6,7%).
Os distritos de Lisboa e do Porto são os apresentam maior número de insolvências: 638 e 628, respetivamente. Face a 2022, regista-se uma diminuição de dois dígitos em Lisboa (-16%) e menos acentuada no Porto (-2%). Com decréscimos destacam-se, ainda, os distritos de: Ponta Delgada (-48%); Castelo Branco (-37%); Évora (-29%); Santarém (-19%); Guarda (-17%); Bragança (-7,7%); Portalegre (-6,7%); Setúbal (-3,2%) e Viseu (-1,6%).
Os distritos que revelaram aumentos nos primeiros nove meses do ano face a 2022 são: Leiria (+34%); Beja (+29%); Madeira (+28%); Braga (+26%); Angra do Heroísmo e Horta (ambas +25%); Vila Real (+24%); Coimbra (+20%); Faro (+18%); Aveiro (+9,9%) e Viana do Castelo (+9,3%).
A análise por setores indica mais insolvências que em 2022 nas áreas de: Telecomunicações (+33%); Outros Serviços (+7,2%); Transportes (+6,9%); Indústria Transportadora (+4,3%) e Construção e Obras Públicas (+0,4%).
Com diminuição nas insolvências destacam-se os setores de: Eletricidade, Gás, Água (-55%); Comércio de Veículos (-21%); Comércio por Grosso (-17%); Indústria Extrativa (-13%); Hotelaria e Restauração (-3,5%) e Comércio a Retalho (-1,6%).
Constituições reduzem 18% em setembro com o acumulado ainda acima de 2022
As constituições baixaram 18% em setembro face ao mês homólogo de 2022, com um total de 3.360 novas empresas constituídas, menos 755 que no ano passado. O acumulado ascende a 38.628 constituições, valor que traduz um aumento de 5,5% face ao mesmo período do ano passado. Em termos absolutos, no comparativo dos nove meses, foram constituídas mais 1.999 empresas que em 2022.
O número de constituições mais significativo verifica-se no distrito de Lisboa, com 13.070 novas empresas (+3,1%), seguido pelo Porto, com praticamente metade do valor registado na capital: 6.534 constituições (+6,5%). Com acréscimos destacam-se também os distrito de: Beja (+19%); Viana do Castelo e Viseu (ambos com aumento de 12%); Setúbal (+11%); Faro e Portalegre (ambos com aumento de 8,9%); Vila Real (+8,8%); Aveiro (+8,4%); Santarém (+7,6%); Braga (+6,9%); Évora (+4,7%); Leiria (+4,2%); Coimbra (+3,9%) e Castelo Branco (+1,6%).
Os distritos que apresentam uma variação negativa na criação de novas empresas são: Horta (-14%); Bragança (-13%); Angra do Heroísmo (-9,3%); Guarda (-5,1%) e Madeira (-4,5%).
Nos primeiros nove meses deste ano, os setores que apresentam uma variação positiva na criação de novas empresas foram: Transportes (+51%); Comércio de Veículos (+15%); Eletricidade, Gás e Água (+18%); Hotelaria e Restauração (+11%); Construção e Obras Públicas (+8,2%); Agricultura, Caça e Pesca (+0,5%) e Comércio por Grosso (+0,1%).
Com variação negativa evidenciam-se as atividade da Indústria Extrativa (-46%); Telecomunicações (-29%); Indústria Transformadora (-6%); Comércio a Retalho (-4,5%) e Outros Serviços (-1,4%).
Fonte: Nota de Imprensa / Iberinform