Os Bancos Alimentares Contra a Fome apelam aos portugueses para que, entre 26 de novembro e 13 de dezembro, contribuam para a tradicional campanha de recolha de alimentos, habitualmente realizada nesta altura, fazendo os seus donativos através do portal de doação online, alimentestaideia.pt,ou utilizando os Vales disponíveis nas caixas dos supermercados.

Com o mote “À nossa mesa há sempre lugar para mais um”, a campanha do Banco Alimentar sensibiliza os portugueses para a partilha de alimentos com as muitas famílias que enfrentam carências alimentares todos os dias, uma situação agravada com o impacto económico e social da pandemia, sublinhando a importância do contributo e envolvimento de cada um de nós.

A participação na campanha pode ser feita através da modalidade Ajuda Vale, já utilizada em campanhas anteriores, que propõe a contribuição através de vales de produtos, que estarão disponíveis até 13 de dezembro nas caixas dos supermercados. Cada vale tem um código de barras específico associado aos produtos que cada pessoa queira doar ao Banco Alimentar.

‘O impacto social das medidas decretadas para conter a propagação da pandemia foi de uma dimensão inacreditável, colocando numa situação de pobreza muitos milhares de pessoas que nunca imaginaram ver-se nesta situação. Hoje são apoiadas mais de 60.000 pessoas, que se vieram juntar às famílias que já recebiam apoio dos Bancos Alimentares antes desta pandemia que provocou uma crise económica sem precedentes. É fundamental a atenção aos outros e só com grande solidariedade e coesão, numa união de esforços da sociedade civil com a intervenção do Estado, será possível evitar situações de ruptura social e de desespero” alerta Isabel Jonet, Presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome.

Adicionalmente, e dando ainda a oportunidade a todos aqueles que não têm a possibilidade de se deslocarem aos supermercados ou residem fora de Portugal, o Banco Alimentar disponibiliza o portal de doação online alimentestaideia.pt., onde podem escolher bens perecíveis para doar.

Rede de Emergência Alimentar, uma resposta ao impacto da COVID19

Com o objetivo de dar uma resposta imediata às pessoas que ficaram sem trabalho ou impedidas de trabalhar, e que se viram inesperadamente numa situação de ruptura financeira, passando a ter de enfrentar uma situação de pobreza conjuntural que, na maioria dos casos, lhes era estranha, a Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares promoveu a Rede de Emergência Alimentar. Esta resposta permitiu informar as pessoas que nunca tinham recorrido a apoio alimentar qual a forma de o obterem, disponibilizar um formulário online para pedidos de apoio, caracterizando a situação e recolhendo dados destinados a possibilitar a articulação com uma instituição à qual cada pessoa ficaria associada. A ferramenta da Rede de Emergência permitiu processar pedidos, articulá-los com instituições a um nível local e identificar duplicações, acautelando a privacidade, proporcionando assim uma mais rápida resposta à população carenciada.

Também as bases de dados com informação relativa ao agregado familiar que compõe o pedido de ajuda permitiram justiça na distribuição dos alimentos a entregar.. A criação da Rede de Emergência Alimentar veio ainda mobilizar pessoas e empresas que se associaram contribuindo com donativos ou voluntariado.

23 382 toneladas de alimentos distribuídos em 2019

No ano passado, os 21 Bancos Alimentares em atividade em Portugal distribuíram 23.382 toneladas de alimentos (com o valor estimado de 31,7 milhões de euros), num movimento médio de 93,5 toneladas por dia útil. Prestando assistência a 2.400 instituições, os alimentos foram entregues a perto de 380 mil pessoas com carências alimentares comprovadas, sob a forma de cabazes ou de refeições confecionadas, de acordo com os dados da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome.

O Banco Alimentar foi criado em Portugal em 1991 com a missão de lutar contra o desperdício e distribuir apoio a quem mais precisa de se alimentar, em parceria com instituições de solidariedade e com base no trabalho voluntário. Existem atualmente 21 Bancos Alimentares (nas zonas de Abrantes, Algarve, Aveiro, Beja, Braga, Castelo Branco, Coimbra, Cova da Beira, Évora, Leiria-Fátima, Lisboa, Madeira, Zona Oeste, Portalegre, Porto, S. Miguel, Santarém, Setúbal, Terceira, Viana do Castelo, Viseu). A Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares encoraja a rede e representa os Bancos Alimentares a nível nacional e internacional.

Fonte: Banco Alimentar Contra a Fome / Nota de imprensa

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