Durante a cerimónia foi homenageado o agente principal António Doce, falecido em serviço
Os 148 anos de história do Comando Distrital da Polícia de Segurança Pública (PSP) de Évora foram assinalados na passada quarta-feira, numa cerimónia realizada no auditório da Fundação Eugénio de Almeida.
A importância da utilização de câmaras de videovigilância foi um dos aspetos destacados durante a sessão, que contou com as intervenções do diretor nacional da PSP em suplência, superintendente-chefe Constantino Ramos; do comandante distrital da PSP de Évora, superintendente Joaquim Simão; e do presidente da Câmara de Évora, Carlos Pinto de Sá.
Marcaram também presença representantes de várias entidades da região, que assistiram ainda à imposição de condecorações e recompensas, à entrega de prémios no âmbito do concurso infantil “Desenha o Polícia da tua Rua” e à homenagem prestada ao agente principal António Doce, falecido em serviço a 12 de dezembro de 2020.
Durante a cerimónia, o superintendente Joaquim Simão apresentou uma breve análise sobre os dados da ação deste comando, realçando que, “tendo em conta os últimos cinco anos, a criminalidade geral apresenta uma tendência para diminuir”.
Especificou que, “comparando com 2019 (contexto pré e pós-pandémico), em 2022, o Comando Distrital de Évora verificou uma diminuição de 6,5 por cento da criminalidade geral, enquanto a criminalidade violenta e grave apresenta um decréscimo de 5,1 por cento”.
O comandante distrital da PSP de Évora adiantou ainda que “os crimes de proatividade policial revelam um incremento de 32,6 por cento, sendo que os detidos assinalam uma subida de 30,2 por cento face ao ano de 2019”.
Relativamente à homenagem feita ao polícia falecido em serviço, tendo sido atribuído o seu nome a um átrio na sede do comando, o superintendente Joaquim Simão recordou aos jornalistas que “o nosso agente interveio naquele dia fatídico numa situação relacionada com violência doméstica”.
Explicou ainda que, “considerando que este espaço tem sido adaptado a uma área relacionada com situações de violência doméstica, achámos que podíamos atribuir a este átrio o nome do nosso agente e fazer-lhe essa homenagem”.
O comandante especificou também que “é uma honra atribuir o nome do nosso agente a este espaço e, neste caso, homenageá-lo na presença da família”.
Quanto às câmaras de videovigilância, o superintendente Joaquim Simão considerou que, “para as forças de segurança, a sua utilização é, hoje em dia, necessária em todo o lado”.
Esclareceu que “é óbvio que nós fazemos um esforço grande para tentar que a polícia faça o máximo de visibilidade e que consiga estar, por exemplo, num turno de serviço no maior número de sítios possível e junto a locais onde eventualmente possa haver incidentes”.
No entanto, o mesmo responsável focou que “se tivermos um sistema de videovigilância, que é controlado normalmente através das forças de segurança, em que um ou dois polícias conseguem de alguma forma ter a visão sobre vários locais ao mesmo tempo e encaminhar os meios que estão no terreno, isso seria uma excelente ajuda para nós”.
A este respeito, o diretor nacional da PSP em suplência sublinhou que “é público que a PSP defende acerrimamente o uso de câmaras de videovigilância”, frisando que “há quem lhe chame videoproteção e, talvez, seja mais adequado”.
O superintendente-chefe Constantino Ramos constatou que “nós não conseguimos estar com um polícia em cada esquina, mas podemos ter uma câmara em cada esquina e o mesmo polícia, ao mesmo tempo, pode visualizar várias câmaras e, portanto, estar com os seus olhos em várias esquinas”.
Evidenciou que “somos claramente a favor e tentaremos fazer sempre o nosso melhor para que os serviços de videovigilância possam também estar instalados nas cidades que nós servimos porque claramente são uma mais-valia para a nossa atividade”.
Marina Pardal
Fotos: DS
