Lugares na região onde existiu ‘vida’, no passado, tornam-se hoje apetecíveis para novos povoadores
Surgem na linha do horizonte, pela planície alentejana dentro; algumas encontram-se muito degradadas, outras entaipadas e ainda as há convertidas em estábulos, palheiros e arrecadações. Nestas casas e montes, isoladas ou em conjunto sob a forma de aldeia, aqui pelo Alentejo, viveram homens e mulheres e constituíram-se famílias subsistentes; daqui na linha do tempo, ‘partiram’ os progenitores de avançada idade e os seus descendentes, que raras vezes voltam a saber de suas origens. Ficam os despojos de casas térreas, típicas da região, como que adormecidas pelo tempo à espera de melhores dias… vai havendo esperança de que virá o tempo que alguém as levante do chão, novamente; num futuro próximo…

que muitos dos proponentes são obrigados a desistir. — Fotos: MIPC / DR e Arquivo
Pouco a pouco, parece que as casas baixinhas caiadas de branco e com rodapé azul, amarelo ou vermelho ocre ganham nova vida, em recantos que encantam, de que o Alentejo é composto. A história reinventa-se nestes locais e regenera-se a conta-gotas. Casas que em tempo se encontravam com uso quotidiano, foram perdendo os seus proprietários e daí à inutilização foi um breve passo.
Hoje, como que chamados pela mãe natureza, os novos povoadores adquirem-nas e, estas voltam a estar permanentemente cheias de gente, mesmo que algumas, ainda não em definitivo.
Construídas por taipa e mesmo adobe, na sua maioria, parecem ter repousado no tempo; contudo a qualquer momento podem despertar desse sono que as assola, durante décadas.
Põe-se a pergunta:
— Será mais vantajoso comprar uma casa nova ou recuperar uma outra já existente?
O desafio de recuperar uma casa ‘antiga’ e manter as suas linhas e traça original, atribuindo-lhe modernidade, tornando-a mais limpa, confortável e funcional, deixa muitas vezes os herdeiros vendedores destes cómodos na expectativa, a ponto de preferirem deixar ruir os imóveis, do que vender a um preço acessível, a quem se interessa em comprar e investir no restauro.

Concretizado o negócio, sendo a segunda via a opção escolhida, há que verificar o estado do imóvel que é um dos aspectos primordiais a considerar, quando se está à procura de casa mais barata. Os imóveis novos ou em relativamente bom estado de conservação, são os mais dispendiosos; contudo justificando-se, há imóveis que necessitam de renovação e até de pequenos trabalhos que podem trazer surpresa e, aqui reside segredo para a tomada de decisão por parte de quem procura — é importante pesquisar; só depois decidir.
E, há também quem tenha poder de ‘maneio’, para construir casa nova e simultaneamente esteja em processo de recuperação de uma destas casas ‘antigas’ ou parte delas, conforme se verifica.
Resume-se a questão, avaliando bem as possibilidades e é fazer a escolha certa, pois materiais de construção e mão-de-obra, consomem grosso modo das economias dos investidores. É procurar numa fugaz visita… virtual ou presencial, de preferência; está (lá) tudo em espera.

Ainda assim, já houve quem preferisse viver de outra forma e deixou o frenesim das grandes metrópoles para ouvir este chamariz natural, que os faz viver mais devagar, onde simultaneamente, se troca o rápido pelo autêntico.
Opções à parte, o Alentejo tem muito para dar e de qualidade, nesta que é a imensa região de Portugal, com os seus três distritos a par do litoral.
— Quer conferir?…
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