As relações comerciais com a China foram um dos temas em foco na recente Cimeira de Engenharia Mecânica de Berlim.

O Chanceler Olaf Scholz voltou a deixar claro o seu apoio à globalização, salientando a necessidade de a Alemanha fazer negócios com muitos países, incluindo a China.

Também o Vice-Presidente executivo da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, considerou que o afastamento da China não é uma opção para as empresas europeias, pois trata-se de um país com um vasto mercado, em crescimento relevante e também importante fonte de fornecimentos.

Sob um crescente risco de recessão económica mundial, e com alguns países a preconizarem o afastamento da China, a opinião sensata destes dois líderes europeus merece ser ouvida. Fazer negócios com a China está a tornar-se uma opção de cada vez mais empresas de diversos países. O que não surpreende, atendendo a dois factores: a enorme dimensão do mercado chinês e também a sua relevância como exportador dos mais diversos produtos.

Com uma economia total de 114 triliões de yuans (cerca de 16 triliões de euros) e mais de 1,4 mil milhões de consumidores, tornou-se o segundo maior mercado mundial de bens de consumo.

Dentro de menos de um mês, realizar-se-á a 5ª China International Import Expo, com a presença de 280 das 500 maiores empresas da indústria mundial, a maior parte das quais são repetentes nesta Feira.

Por outro lado, a posição da China como uma importante fonte global de abastecimento é insubstituível. A China é o único país do mundo que tem todas as categorias industriais na Classificação Industrial da ONU. O país ocupa também o primeiro lugar mundial na produção de 40% dos 500 principais produtos industriais.

O ranking do Índice Global de Inovação divulgado pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual mostra que a China subiu do 34º lugar, em 2012, para o 12º lugar, em 2021, o que significa que o desenvolvimento industrial está a ganhar maior impulso tecnológico e que as vantagens da cadeia industrial são mais óbvias.

Ao longo dos anos, a China tem mantido boas relações económicas e comerciais com os países da UE, incluindo a Alemanha – país de que é o maior parceiro comercial global há seis anos consecutivos. Nos primeiros oito meses deste ano, o volume de comércio sino-alemão atingiu 155 mil milhões de dólares, continuando a crescer. A Alemanha é também a maior fonte de investimento estrangeiro e de importação de tecnologia da China.

A China mantém-se, por dois anos consecutivos, como o principal parceiro comercial da União Europeia. No ano passado, a balança comercial entre a China e a UE excedeu pela primeira vez 800 mil milhões de dólares. Os números falam por si: a cooperação económica e comercial China-UE deu um impulso positivo ao desenvolvimento de ambas as partes.

Conteúdo Institucional – Ibéria Universal

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