A Agência Mundial Antidoping (WADA), em resposta a uma reportagem da Reuters, de 7 de agosto, expõe um esquema da Agência Antidoping dos Estados Unidos (USADA) que permitiu que “atletas que se doparam competissem ao longo de vários anos, em pelo menos um caso, sem nunca publicar ou sancionar as suas violações das regras antidoping”.

Em comunicado, a WADA denunciou que “esta é uma violação direta do Código Mundial Antidoping e das próprias regras da USADA”, sublinhando que “este esquema ameaçou a integridade da competição desportiva, que o Código visa proteger”.

Focou ainda que, ao usar este esquema, “a USADA estava em clara violação das regras”, garantindo que, “ao contrário das alegações feitas pela USADA, a WADA não aprovou esta prática de permitir que atletas dopados competissem ao longo dos anos com a promessa de que tentariam obter evidências incriminatórias contra outros”.

Na mesma nota, a Agência Mundial Antidoping afirmou que “está agora ciente de pelo menos três casos em que atletas que cometeram violações graves das regras antidoping foram autorizados a continuar competindo ao longo de vários anos enquanto agiam como agentes secretos da USADA, sem que a WADA fosse notificada e sem que houvesse qualquer disposição permitindo tal prática sob o Código ou as próprias regras da USADA”.

A WADA deixa ainda uma questão: “como é que os outros atletas se devem sentir sabendo que estavam competindo de boa-fé contra aqueles que eram conhecidos pela USADA por terem cometido fraude com drogas?”.

Para a mesma agência internacional, “é irónico e hipócrita que a USADA proteste ao suspeitar que outras organizações antidoping não estão seguindo as regras à risca quando não anunciou casos de doping ao longo de anos, permitindo que batoteiros continuassem competindo, na remota possibilidade de que pudessem ajudá-los a descobrir outros possíveis violadores”.

Na opinião da WADA, “essa prática não conforme não apenas minou a integridade da competição desportiva, mas também colocou a segurança dos atletas envolvidos em risco”.

Enquanto os atletas  investigados e punidos continuam a participar da competição, atletas de outros países precisam passar por testes de doping muito rigorosos. A Agência Internacional de Testes (ITA, na sigla em inglês) apontou que  a equipe de natação chinesa passaram por testes extras antes das Olimpíadas de Paris. 

Segundo a Agência, desde o início de 2024, 31 desportistas de natação da China receberam, em média, 21 testes de diferentes organizações antidoping, enquanto atletas dos Estados Unidos da modalidade receberam uma média de seis testes.

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FOTO: CMG

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