Está patente no Centro do Mundo/Octógono e Corredor da Sala das Bellas Artes do Colégio do Espírito Santo, da Universidade de Évora (UÉ), a exposição coletiva “Mostra (Queixa) das Almas Jovens (Não) Censuradas. O Meu. O Seu 25 de Abril. 50 Anos de Abril (I Parte)”.
Esta é uma mostra promovida pelos Serviços de Biblioteca e Informação Documental (SBID) da UÉ, tendo sido inaugurada no dia 24 de abril.
“Com o objetivo de trabalharmos de forma concertada, ao nível artístico e pedagógico, o período de formação da história democrática de Portugal, pretendemos, com este projeto expositivo, e em parceria com a comunidade educativa de Évora e com a comunidade documental da cidade, comemorar e homenagear o 25 de Abril, naqueles que são os seus primeiros 50 anos de vida democrática em Portugal”, pode ler-se na nota de imprensa enviada ao Diário do Sul.
À margem da inauguração, Rute Marchante Pardal, do Serviço de Dinamização Cultural dos SBID/UÉ, explicou que “este trabalho surgiu de uma ideia de juntarmos aquilo que era o material de espólio dos vários arquivos da cidade com aquilo que é a narrativa oral das pessoas que vivenciaram o 25 de Abril”.
Realçou que essa documentação histórica é proveniente de “quatro arquivos da cidade: os Serviços de Informação Documental da UÉ, Arquivo Distrital de Évora, Arquivo Municipal e Arquivo Fotográfico da Câmara de Évora”.
De acordo com a mesma responsável, “numa primeira fase, juntaram-se várias documentações que foram selecionadas nestes quatro arquivos”, reiterando que “fizemos uma recolha de documentação referente ao período de 1974-82”.
Acrescentou que, “a partir desta documentação foi feito um trabalho com os Serviços da Biblioteca, em que se pretendeu criar um questionário para que os alunos pudessem realizar entrevistas junto dos familiares ou amigos”.
Rute Marchante Pardal adiantou que “a partir desse património imaterial (entrevistas) e material (documentação), construímos este projeto expositivo, escolhendo cada aluno uma expressão artística” para concretizar esse trabalho.
Disse ainda que “houve alunos que trabalharam a partir dessas narrativas orais, outros escolheram documentos físicos de arquivo”, sublinhando que “este trabalho foi realizado pelos alunos do 9.ºA da Escola Básica de Santa Clara”.
A par disso, a mesma responsável destacou que “também pretendemos criar uma ponte intergeracional dos vários graus de ensino (básico, secundário e universitário)”, lembrando que “estes trabalhos foram realizados em conjunto com os professores envolvidos”.
Nesse sentido, “há outra parte que envolve os alunos do 11.º e 12.º anos de Artes da Escola Secundária Gabriel Pereira”, referiu, explicitando que “este trabalho ainda está em progresso e só será apresentado numa segunda fase do projeto”.
No caso do ensino superior, Rute Marchante Pardal focou que houve a participação “dos alunos da Licenciatura em Artes Plásticas e Multimédia e do Mestrado de Práticas Artísticas em Artes Visuais da UÉ”.
Realçou que “também lhes mostrámos várias documentações e foi proposto aos alunos que cada um criasse o seu manifesto alusivo à comemoração dos 50 anos do 25 de Abril, sendo isso que encontramos no Corredor das Bellas Artes”.
A mesma responsável anunciou que “esta primeira parte da exposição fica patente até dia 14 de junho e a segunda parte, referente aos trabalhos dos alunos do secundário, entra depois nessa altura e prevê-se que fique até setembro”.
Texto: Redação DS / Marina Pardal
Fotos: DS