Coordenada por Álvaro Garrido, professor de História da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, a exposição itinerante “Primaveras Estudantis” que inaugurou na Universidade de Évora no dia 22 de fevereiro, na sala dos Docentes do Colégio do Espírito Santo, revisita a cronologia deste movimento de oposição à ditadura do Estado Novo e o seu papel na construção da democracia.
“Encontrando-se a Universidade de Évora a assinalar o cinquentenário da criação do Instituto Universitário de Évora que permitiu o ressurgimento desta Universidade em meados dos anos setenta do século passado, a inauguração desta exposição que evoca um momento fundamental da democracia portuguesa reveste-se de especial significado” sublinha Hermínia Vasconcelos Vilar, reitora da Universidade de Évora.
A Estrutura de Missão para as Comemorações do Quinquagésimo Aniversário da Revolução de 25 de Abril de 1974, frisa que “os movimentos estudantis deram um contributo inequívoco para o questionamento e a fragilização da ditadura do Estado Novo e para a democratização do País. Movimentos sociais muito ligados à evolução da cultura juvenil e à natureza efémera das práticas estudantis das oposições ao regime durante os anos da II Guerra Mundial e de então por diante, com uma expressão contundente em 1961 e 1969” pelo que esta exposição mostra que “ os anos finais da ditadura foram tempos de movimentos estudantis sucessivos, apesar do Governo, querendo circunscrevê-los num tempo com princípio e fim, os designar, eufemisticamente, como «crises académicas»”.
A exposição, inclui documentos com elevado valor histórico, alguns dos quais inéditos, recolhidos em coleções privadas e arquivos pessoais. Os acontecimentos são recordados através de filmes, entrevistas, textos, fotografias e autocolantes. Criou-se também um mural de homenagem aos estudantes presos e expulsos do país durante a ditadura.
Fonte: Nota de Imprensa / Universidade de Évora