O Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês anunciou no passado domingo (dia 7), a imposição de sanções a cinco empresas da indústria de armamento dos Estados Unidos, em conformidade com a Lei Anti-Sanções Estrangeiras da China.

Trata-se de uma resposta à nova rodada da venda de armas a Taiwan e às sanções contra empresas e cidadãos chineses, sendo um aviso severo aos EUA de que algumas pessoas utilizam a questão de Taiwan para interferir nos assuntos internos da China.

As cinco empresas são: BAE Systems Land and Armament, Alliant Techsystems Operation, AeroVironment, ViaSat e Data Link Solutions. Todas participaram do novo projeto norte-americano de venda de armas a Taiwan. Foi no passado mês de dezembro que o Departamento de Defesa dos EUA aprovou a venda de equipamentos militares, no valor de 300 milhões de dólares (cerca de 275 milhões de euros), à região chinesa de Taiwan.

É a 12ª vez que os EUA vendem armas a Taiwan desde que o atual governo dos EUA chegou ao poder. Este comportamento dos Estados Unidos viola o princípio de “Uma Só China” e o estipulado nos três comunicados conjuntos da China e dos Estados Unidos, em particular as disposições do Comunicado de 17 de agosto de 1982. Também não respeita os compromissos políticos assumidos pelos líderes dos dois países na recente reunião de São Francisco, violando as promessas feitas por Joe Biden nesse encontro com Xi Jinping.

Uma agência ligada ao Departamento de Defesa dos Estados Unidos afirmou que o objetivo desta venda de armas é aumentar a capacidade das forças armadas de Taiwan em áreas como o comando, o controlo e as comunicações, e reforçar a chamada “capacidade de defesa” de Taiwan. Os observadores sublinharam que, no passado, os Estados Unidos venderam a Taiwan principalmente aviões, mísseis, drones e outras armas de guerra; e que a formação de forças de combate depende das comunicações, da eletrónica, do comando, do controlo, da rede composta por um sistema completo. E acrescentam que as vendas militares dos Estados Unidos visam reforçar as capacidades de “software” militar de Taiwan.

Os dirigentes chineses citam o provérbio que diz que “Quem brinca com o fogo, acaba por se queimar”, assim justificando as sanções agora impostas às empresas norte-americanas – e que incluem o congelamento de bens móveis e imóveis, bem como a proibição de organizações e cidadãos chineses efectuarem transacções e cooperarem com elas.

Segundo observadores, com estas sanções, a China demonstrou a sua firme vontade e determinação em defender a soberania nacional e a integridade territorial. Responsáveis chineses afirmam que os factos provarão que, por mais armas que os Estados Unidos forneçam a Taiwan, não conseguirão travar o processo histórico de reunificação da China.

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