A comitiva que integrou a visita de multiplicadores de informação às instituições europeias em Bruxelas teve também oportunidade de conhecer dois espaços interativos que aproximam os cidadãos da União Europeia (UE).
O Parlamentarium e a Casa da História da Europa foram os locais visitados no âmbito desta viagem à capital da Bélgica, promovida pelo Centro Europe Direct Alentejo Central e Litoral, entre os dias 8 e 10 de novembro.
O Grupo Diário do Sul (DS) participou nesta iniciativa, que juntou representantes de várias organizações da região, bem como de outros meios de comunicação social do Alentejo, num total de 25 pessoas.
Alexandra Correia, coordenadora do Centro Europe Direct Alentejo Central e Litoral, explicou que, “além das sessões sobre temas diferenciados, tendo em conta as atividades das várias organizações que integraram a comitiva, também tivemos a oportunidade de conhecer dois espaços, um sobre como funciona o Parlamento Europeu (PE) e outro sobre a história da UE”.
O Parlamentarium é o centro de visitantes do PE, estando situado na Rue Wiertz, 60. Neste espaço, “através de guias multimédia, os visitantes são conduzidos ao ‘coração’ do PE”, ficando a par “do caminho para a cooperação europeia, de como funciona o PE e do que estão os seus deputados a fazer para enfrentar os desafios de hoje”, pode ler-se no site do Parlamentarium.
É ainda referido que “pode ser experimentado em qualquer uma das 24 línguas oficiais da UE e que tem muito a oferecer para todas as idades”, sublinhando que “as visitas são autodirigidas, com duração média de cerca de 90 minutos”.
A este respeito, Alexandra Correia adiantou que “o Parlamentarium é um espaço onde se pretende explicar a história que levou à criação do PE”, dando resposta a questões de “como é que teve início ou de como é que ele foi evoluindo”.
Especificou que, “no início, quando foi criado, os deputados eram nomeados, não eram eleitos diretamente; só mais tarde, é que vieram a ser eleitos pelos cidadãos”, constatando que “houve uma grande evolução em termos do PE e no poder que ele tem”.
A mesma responsável acrescentou ainda que “o Parlamentarium permite explicar toda esta história, dar a conhecer quem está neste momento no PE e também as atividades que desenvolve”.
Na sua opinião, “é uma visita extremamente importante em termos de educação para a democracia e para a cidadania por ficarmos a perceber melhor como é que funciona”, considerando que “isso é importante enquanto cidadãos”.
Por sua vez, a Casa da História da Europa encontra-se na Rue Belliard, 135 e também pode ser descoberta em todas as 24 línguas oficiais da UE. De acordo com a informação sobre o projeto, “tal é possível utilizando tablets multimédia interativos, que podem ser configurados de acordo com as preferências linguísticas”.
Este espaço “aspira a tornar-se o principal museu dos acontecimentos transnacionais que moldaram o nosso continente”, sendo definido como “um fórum de aprendizagem, reflexão e debate que está aberto a públicos de todas as idades e proveniências”.
É também realçado que “a Casa mostra a História da Europa de uma forma que nos sensibiliza para a multiplicidade de perspetivas e interpretações”, ao mesmo tempo que “preserva memórias comuns que também nos separam”.
Dizer ainda que é “um lugar de encontro e intercâmbio, que contribui, graças à sua interpretação multifacetada do passado, para fazer a ponte com questões de grande pertinência para a Europa dos nossos dias”.
Sobre a Casa da História da Europa, Alexandra Correia evidenciou que “é um espaço muito bem conseguido porque conta toda a história da evolução da Europa e da criação da UE em todas as suas fases”, comentando que “não mostra só o ‘passo a passo’ da construção da UE, como também caracteriza social e economicamente cada época”.
Na sua perspetiva, “saímos de lá sempre muito mais ricos, com muito mais conhecimento e a perceber de uma forma muito agradável como é que foi construída a Europa e a importância que tem a UE nos nossos dias”.
Em jeito de resumo, Alexandra Correia frisou ainda que as visitas ao Parlamentarium e à Casa da História da Europa são gratuitas”, alertando, contudo, que “é aconselhável reservar, especialmente no caso de grupos”.
Texto: Redação DS / Marina Pardal
Fotos: DS