O Centro Europe Direct Alentejo Central e Litoral organizou uma visita de multiplicadores de informação às instituições europeias em Bruxelas, entre os dias 8 e 10 de novembro.
O convite partiu da Representação da Comissão Europeia em Portugal e teve como objetivo “aproximar a União Europeia (UE) dos cidadãos, conhecer a atualidade e a história europeia e perceber ‘in loco’ como funciona o Parlamento Europeu (PE) e as várias iniciativas e oportunidades de financiamento da Comissão Europeia (CE)”, adiantou a organização.

O Grupo Diário do Sul (DS) integrou esta comitiva de 25 pessoas, que incluiu representantes de várias organizações da região, bem como de outros meios de comunicação social do Alentejo.
O primeiro dia de trabalhos ficou marcado pelas várias sessões realizadas no Centro de Visitantes da Comissão Europeia (Edifício Charlemagne).

Foram debatidos temas relacionados com as “Prioridades Políticas da Comissão Europeia”, o “Ano Europeu das Competências”, o “Património Cultural”, a “Transição Verde e Digital” e “A Política de Coesão – Desenvolvimento Local e Rural / Atração de Pessoas para Territórios de Baixa Densidade Populacional”. Foi ainda feita uma apresentação do trabalho do Comité das Regiões.
Em declarações à comunicação social, Alexandra Correia, coordenadora do Centro Europe Direct Alentejo Central e Litoral, deu a conhecer um pouco sobre o trabalho desta entidade, além de ter explicado os objetivos desta visita.
“O Centro Europe Direct Alentejo Central e Litoral é um dos 15 centros que existem em Portugal, sendo que em toda a Europa somos 423 centros”, referiu, adiantando que “o objetivo principal é comunicar o que faz a UE”.

Alexandra Correia acrescentou que “é uma espécie de extensão local da CE e tenta chegar ao cidadão com informação sobre tudo o que vai sendo feito, desde os programas às políticas, por exemplo”.
Focou ainda que “outra das grandes funções é ouvirmos os cidadãos, que podem procurar-nos para dar sugestões ou transmitir aquilo que querem fazer chegar à Representação da Comissão Europeia em Portugal, que é quem nos coordena e faz chegar isso à CE”.
A mesma responsável destacou que “estamos localizados em Évora e também temos um escritório em Vila Nova de Santo André (Santiago do Cacém), mas a nossa área de intervenção é todo o Alentejo Central e Litoral”.
Tendo em conta a sua missão, este Centro Europe Direct organizou esta visita de multiplicadores de informação a Bruxelas. “Optámos por convidar ONG (Organizações Não-Governamentais), associações locais que não costumam ter oportunidade de vir conhecer mais da UE, bem como alguns órgãos de comunicação social”, revelou a coordenadora.

Realçou que “foram, essencialmente, presidentes ou membros da Direção de associações diferenciadas, desde de desenvolvimento integrado, culturais ou desportivas, além de termos tido o presidente da Junta de Freguesia de Santo André, entidade que é nossa parceira na organização da Corrida pela Europa há seis anos”.
Segundo Alexandra Correia, “algumas das outras entidades também foram parceiras na organização de atividades e achámos interessante dar prioridade às ONG desta vez”.
Disse ainda que “integrámos também neste grupo os vencedores de dois concursos que promovemos (um de artes visuais, outro de fotografia)”.
Relativamente às sessões preparadas para a comitiva, a mesma responsável esclareceu que “os temas foram escolhidos tendo em conta as atividades das várias organizações que vieram”, reforçando que “foram temas diferenciados que vão ao encontro de dar-lhes alguma informação importante e útil”.
Evidenciou que “o nosso objetivo é que as pessoas que participaram nesta visita depois possam comunicar na nossa região aquilo que ouviram dentro das suas organizações, disseminando assim as informações que obtiveram em Bruxelas”.
A par disso, constatou que “houve uma aproximação de toda esta comunidade à CE, que ficaram a compreender melhor aquilo que são as instituições europeias, o que fazem e a maneira como cada um pode usufruir dos seus programas”.
Na sua perspetiva, o balanço é “bastante positivo”, reiterando que “houve imensas pessoas a colocarem questões, o que revela que estavam atentas e interessadas, mas agora também iremos falar com cada um para ver qual foi a opinião sobre aquilo que ouviram e experienciaram”.
Nas conversas que o DS foi mantendo com os membros do grupo transpareceu, precisamente, a importância das informações transmitidas, mas também a partilha de ideias e a rede que se estabeleceu entre as pessoas das várias entidades representadas.

A este respeito, Alexandra Correia deu conta de outros pormenores. “Tivemos um grupo heterogéneo no tipo de entidades, pois eram ONG com interesses diferentes; além de termos tido pessoas jovens e outras menos jovens, incluindo associações de reformados”, mencionou, frisando que “houve um clima muito simpático de partilha e de entreajuda”.
Para a coordenadora do Centro Europe Direct Alentejo Central e Litoral, “não foi só importante o que viemos ouvir, mas também a rede de relações que se criou entre todos, entre associações com associações e entre a própria comunicação social com cada uma das organizações que esteve presente”, esperando que “seja um ponto de partida para muitas outras coisas e para construirmos novas atividades em parceria”.
Pode ver a reportagem vídeo no seguinte link:
https://www.youtube.com/watch?v=0xCYqHFPII8&t=9s
Texto: Redação DS / Marina Pardal
Fotos: DS / DR