Promover o “encontro” entre a oferta e a procura a nível de emprego na área do turismo é um dos principais objetivos do certame que vai decorrer em Évora no próximo ano.

Trata-se da Feira de Emprego e Turismo do Alentejo, agendada para 20 de fevereiro, na Arena d’Évora. Além desta, estão previstas decorrer mais quatro Bolsas de Empregabilidade em 2024, em outras regiões do país.

A apresentação da feira do Alentejo aconteceu na passada terça-feira, no Évora Hotel, numa sessão que contou com a presença dos organizadores e parceiros do evento.

Intervieram António Marto, presidente da Associação Fórum Turismo e fundador da Bolsa de Empregabilidade; Arnaldo Frade, delegado regional do Alentejo do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP); Carlos Pinto de Sá, presidente da Câmara de Évora; e José Manuel Santos, presidente da Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo.

Em declarações aos jornalistas, José Manuel Santos explicou que esta “é uma feira de emprego temática sobre o turismo e é um conceito que já funcionou, e bem, noutras regiões, sendo a primeira vez que se realiza no Alentejo”.

O presidente da ERT do Alentejo e Ribatejo, que é a entidade coorganizadora do certame, adiantou que “a nossa ideia é pegar numa ferramenta, a Bolsa de Empregabilidade, que coloca em diálogo, de uma forma muito eficiente, a oferta e a procura”.

Especificou que, “de um lado, temos a procura, ou seja, as pessoas que querem vir trabalhar para o turismo, que trabalham noutros setores e que veem no turismo uma profissão aliciante, os recém-licenciados ou os jovens que saem dos cursos técnico-profissionais”, acrescentando que, “do outro lado, temos a oferta dos nossos empregadores, das empresas, dos hotéis, empresas de animação, restauração”.

Segundo José Manuel Santos, “o objetivo é termos ali um ‘matching’, um encontro entre a oferta e a procura”, reiterando que “a Bolsa da Empregabilidade não se esgota no dia em que se realizará, a 20 de fevereiro”.

Revelou que “continua através de uma ferramenta virtual”, acreditando que “pode ajudar à contratação pelos empregadores dos seus colaboradores”.

O mesmo responsável anunciou que “a nossa meta é termos 50 empresas com os seus balcões, com os seus recursos humanos e diretores”, sublinhando que “são pessoas que têm de ter ali capacidade de decisão porque muitas vezes há logo contratos de trabalho efetuados”.

Relativamente à procura por parte de recursos humanos, frisou que “ainda não temos nenhuma previsão, vamos agora contactar as empresas, universidades, escolas, as bases de dados do IEFP”.

Na sua perspetiva, “esta bolsa é apenas um contributo porque, obviamente, há o IEFP, que fornece esse tipo de trabalho diariamente, mas acreditamos que esta feira, até pela sua inovação e pelo seu conceito pode ajudar os empregadores a contratarem as pessoas e as pessoas a conseguirem um bom contrato de trabalho”.

José Manuel Santos destacou ainda que “esta é a primeira feira de um conjunto de bolsas que queremos realizar também noutras zonas do Alentejo e do Ribatejo, podendo ser também um contributo para dizer que continua a ser uma profissão atrativa trabalhar na área do turismo”.

Também à margem da sessão, Arnaldo Frade evidenciou que “todos os dias temos desempregados que querem transitar para o mercado de trabalho e se inscrevem no IEFP e todos os dias temos empresas que precisam de pessoas para trabalhar”, constatando que, “diariamente, fazemos este encontro entre a oferta e a procura”.

Disse ainda que “quando a concretização não se efetiva, avançamos para as diversas modalidades de formação que temos, por exemplo, incluindo formação à medida para as empresas”.

Em relação à feira que vai decorrer em Évora, o delegado regional do Alentejo do IEFP considerou que “esta bolsa é um complemento a este trabalho diário que fazemos, que vai melhorar a possibilidade de pormos em contacto todas as partes”.

Comentou também que “este encontro entre a oferta e a procura é um desafio, ainda mais complicado porque estamos a falar de um setor que tem particularidades, nomeadamente ao nível dos horários que se praticam, além da remuneração disponibilizada aos trabalhadores acabar por ser pouco aliciante de acordo com as comunicações que temos recebido”.

Texto: Redação DS / Marina Pardal
Fotos: DS

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