Com a iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota” a entrar numa nova fase, abrem-se mais oportunidades para o desenvolvimento da economia digital global.
Na cerimónia de abertura do Terceiro Fórum da Cimeira de Cooperação Internacional “Uma Faixa, Uma Rota”, realizada recentemente em Pequim, o Presidente Xi Jinping anunciou que a China vai criar zonas-piloto para cooperação em comércio eletrónico da “Rota da Seda” e realizará anualmente a “Exposição Global do Comércio Digital”.
Acredita-se que esta iniciativa irá promover o aprofundamento da cooperação no domínio da economia digital entre a China e os países que a ela aderirem.
Atualmente, a Humanidade está a viver a quarta vaga da revolução industrial, que inclui a digitalização, a ligação em rede e a inteligência artificial. De acordo com relatórios relevantes, em 2022 a economia digital de cinco países (Estados Unidos, China, Alemanha, Japão e Coreia do Sul) totalizou 31.000 mil milhões de dólares, representando 58 por cento do PIB, com um crescimento contínuo em escala. Mas, por outro lado, devido à exclusão digital, grande número de países em desenvolvimento não usufruiu plenamente das oportunidades e dos frutos das mudanças tecnológicas digitais, o que prejudicou o seu ritmo de modernização.
Há dez anos, a China lançou a iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”. No âmbito do objetivo geral de “conectividade”, uma orientação importante é a promoção de uma ampla cooperação entre os países participantes, em áreas como tecnologia digital, infraestruturas digitais e mercados digitais. Com a participação e a promoção activas da China, a construção da “Rota da Seda Digital” já deu frutos.
Foram criadas estações de base 5G, centros de dados, centros de computação em nuvem e cidades inteligentes em muitos países; os portos, os caminhos-de-ferro, as estradas, as instalações de conservação da água e outras instalações em muitos países foram modernizados digitalmente; o Beidou 3 (sistema de navegação por satélite da China) fornece serviços para comboios vaivém China-Europa e para o transporte marítimo; e a China assinou memorandos de entendimento com 20 países para cooperação na construção da “Rota da Seda Digital”.
Estes projectos não só melhoraram consideravelmente o nível das infraestruturas de informação digital nos países onde foram construídos, como também mudaram a vida de muitas pessoas. Por exemplo, graças à fibra ótica instalada pela China, os estudantes nepaleses do ensino primário têm acesso a recursos educativos multimédia mais ricos.
Uma década volvida, a cooperação de economia digital no âmbito da iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota” encontra-se num novo ponto de partida, com a China a propor oito acções para apoiar a construção de alta qualidade desta iniciativa.
Durante o Fórum, a China e outros países lançaram a Iniciativa de Pequim para a Cooperação Internacional sobre a Economia Digital ao longo de “Uma Faixa, Uma Rota”, propondo 20 itens de consenso nas áreas de infra-estruturas, transformação industrial, capacidade digital e mecanismos de cooperação. Esta iniciativa alarga os novos canais de cooperação na economia digital e aponta o caminho para “reforçar a conetividade digital e construir uma Rota da Seda digital” nos próximos 10 anos.
Alguns analistas salientaram que, num contexto de crescente anti-globalização, o desenvolvimento do comércio eletrónico, do comércio de serviços digitais e de outras formas de negócio pode ajudar a ultrapassar as barreiras comerciais, impulsionar o comércio global e promover o crescimento económico mundial.
Ao mesmo tempo, a China também apresentou a Iniciativa Global de Governação da IA (Inteligência Artificial), sublinhando que o desenvolvimento da IA deve aderir aos princípios do respeito mútuo, da igualdade e do benefício mútuo, e que todos os países, independentemente da sua dimensão e dos seus sistemas sociais, têm direitos iguais para desenvolver e utilizar a IA.
Isto proporciona novas ideias para a governação global da IA. Tendo como pano de fundo a atual situação em que alguns países ocidentais estão a aumentar os controlos à exportação de chips e a obstruir o desenvolvimento da IA noutros países, esta iniciativa para criar um consenso internacional é de grande importância para melhorar o sistema global de governação digital.
A economia digital e a tecnologia digital representam a direção do desenvolvimento dos tempos actuais e estão também relacionadas com a possibilidade de a maioria dos países em desenvolvimento conseguir alcançar um desenvolvimento de ponta. Na nova década de construção conjunta da iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”, a China continuará a promover a inovação e a partilha da tecnologia digital, para que os países aderentes a esta “Rota da Seda Digital” possam rapidamente alcançar a modernização.
Publicidade: Centro de Programas de Línguas da Europa e América Latina da China