Reguengos de Monsaraz foi até Lisboa para mostrar o que tem de melhor. Entre 1 e 4 de junho, os produtos regionais, o artesanato, as expressões culturais ou a gastronomia foram algumas das riquezas deste concelho promovidas na capital. O evento passou por diferentes espaços, entre eles a Casa do Alentejo, que acolheu várias atividades.

A presidente da Câmara de Reguengos de Monsaraz, Marta Prates, mostrou-se bastante satisfeita com esta ação promocional, explicando ao Grupo Diário do Sul mais pormenores.

“Creio que existiu uma iniciativa do género na década de 80, mas no nosso mandato foi obviamente a primeira vez”, adiantou, confessando que “ficámos muito felizes por ter conseguido levar Reguengos de Monsaraz a Lisboa e, especificamente, à Casa do Alentejo, que é um espaço magnífico”.

A autarca realçou que “foi um evento que levou muitas coisas do nosso concelho à cidade e falamos de música, chefs de cozinha, artesanato, produtos regionais ou dos cantadores”, acrescentando que foi, “essencialmente, um evento promocional, em que quisemos levar o nosso território até às pessoas”.

Para Marta Prates, “há duas formas de promoção dos territórios, uma é trazer as pessoas ao território, outra é levar o território às pessoas”, considerando que “levando o território às pessoas, elas depois acabam por visitar-nos e esse é o grande objetivo”.

No entanto, ressalvou que “mesmo que as pessoas não venham a Reguengos de Monsaraz, não faz mal nenhum que só conheçam o nosso concelho desta forma porque para nós já é uma aposta ganha”.

Na sua perspetiva, “temos um concelho riquíssimo a todos os níveis, nomeadamente patrimonial, arquitetónico, histórico, temos a belíssima vila medieval de Monsaraz, o Dark Sky, a olaria, as mantas de Reguengos ou a gastronomia”.

A presidente do município reforçou que “temos tantas coisas para mostrar que quisemos sair do nosso ‘casulo’ e levar para a grande cidade esta riqueza para que chegue a mais pessoas”.

Do vasto conjunto de atividades ocorridas ao longo destes quatro dias, apontou alguns exemplos. “Fomos à Assembleia da República e à Estação de Santa Apolónia com uma mostra de produtos regionais; foi apresentado o livro ‘Monsaraz – Reconstruir Memória’ da reguenguense Ana Paula Amendoeira, diretora regional da Cultura do Alentejo; decorreu um encontro com os jovens reguenguenses que estudam ou trabalham em Lisboa; e houve um desfile pelas ruas com as bandas filarmónicas de S. Pedro do Corval e de Reguengos de Monsaraz, mais os cantadores”, enumerou Marta Prates.

Deu ainda conta da homenagem feita a “Jacinto Fernandes Palma (1895-1968), natural de Reguengos de Monsaraz e fundador da Casa do Alentejo”.

A respeito desta ação promocional, João Proença, presidente da Casa do Alentejo, destacou que “praticamente todos os meses temos um ou dois concelhos a apresentar no nosso espaço aquilo que têm para oferecer nos seus territórios”.

Constatou que “foi o caso de Reguengos de Monsaraz, que tem muito para mostrar, permitindo aos turistas e aos lisboetas ficarem a saber o que podem ver neste território”.

Debate sobre a importância do Bloco de Rega de Reguengos para a região

Foi escolhido um tema estruturante do concelho para dar início a esta Semana de Reguengos de Monsaraz em Lisboa. “Água e Agricultura: Bloco de Rega de Reguengos enquanto base da sustentabilidade de uma região” foi então o assunto debatido na biblioteca da Casa do Alentejo.

Marta Prates focou que “a construção, ou a não construção, do bloco de rega e este atraso de uma década da água nos hidrantes dos nossos agricultores é um problema estrutural e gravíssimo e entendemos que poderia ser aqui o lugar para falarmos disso”.

Além da presidente da Câmara de Reguengos de Monsaraz, a mesa redonda contou com a presença de Pedro do Carmo, presidente da Comissão Parlamentar de Agricultura e Mar; José Pedro Salema, presidente da EDIA; Eduardo Oliveira e Sousa, presidente da Mesa da Assembleia-Geral da CAP; José Gonçalves, agricultor; e de Bruno Pateiro, empresário agrícola de Reguengos de Monsaraz.

No final, Marta Prates considerou que “foi um debate interessante, mas continuo a sentir a angústia dos agricultores do concelho porque continuamos a ouvir falar em datas, mas não conseguimos ver nenhuma mobilização de terras, por exemplo”.

Na sua opinião, “só quando isso acontecer é que possivelmente esta dificuldade em acreditar poderá ser um pouco mitigada”, lembrando que “é uma questão mesmo de sustentabilidade, pois sendo este um concelho agrícola, se não tivermos água como é que sobrevivemos”.

Pode ver a reportagem vídeo em:
https://www.youtube.com/watch?v=KhFwzGeeoro&t=6s

Autor: Redação DS / Marina Pardal
Fotos: DS / Câmara de Reguengos de Monsaraz

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