Foi publicado recentemente o livro De la sociabilidad al patrimonio material e inmaterial, coordenado pela María Zozaya-Montes, investigadora do Centro Interdisciplinar de História, Culturas e Sociedades ((CIDEHUS), da Universidade de Évora (UÉ).

Numa altura em que está a ser cada vez mais valorizado o património local, imaterial, não monumental, este livro centra-se nas formas de relação social que constroem uma herança cultural própria” começa por destacar a investigadora da UÉ doutorada em História, acrescentando que “vai ao encontro da recente Carta do Porto Santo, proclamada em Portugal para recuperar os patrimónios de proximidade, aqueles com que se identifica a cidadania ou foram essenciais para a vida quotidiana no passado”.

Tal como María Zozaia-Montes sublinha, este “resgata numerosas formas de sociabilidade que geraram patrimónios quotidianos modestos, e se estão a perder de forma global pela escassa consciência da sua importância”. É, portando, para a investigadora da academia eborense, “uma chamada de atenção à população para que conserve essa realidade imediata que se pode encontrar nos bailes, na ermida, em casa, no mercado ou na associação à qual pertenceram os seus avós. Estes residem nas relações sociais e estão acompanhados de elementos materiais que também contribuem para vincar crenças”.

Na perspetiva de recuperação do património de proximidade, afirma a autora, este livro “ajuda a olhar para sujeitos e objetos tendo em conta a sua paisagem cultural. Essas formas são similares em muitas partes do Sul global, como relatam as várias contribuições deste monográfico”.

Com o prólogo do comissário do Plano Nacional das Artes de Portugal, Paulo Pires do Vale, e a coordenação da investigadora do CIDEHUS-UÉ, María Zozaya, o livro (editorial Comares) conta com 23 autores, professores e doutores em diversas áreas interdisciplinares: História, Arte, Musicologia, Património, Arquitetura, entre outros. A cronologia aborda processos de socialização na Idade Moderna e na Idade Contemporânea, incorporando as novas tecnologias como via de resgatar para sempre esses patrimónios materiais e imateriais.

O livro contou com o apoio do CIDEHUS-Universidade de Évora (FCT: UIDB/00057/2020) e do festival de cinema sobre património HERITALES.

Fonte: Nota de Imprensa / Universidade de Évora

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