“A potencial incorporação de médicos não especialistas nas unidades funcionais dos cuidados de saúde primários” levou a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF) a organizar amanhã, pelas 16 horas, uma manifestação em frente à sede do Ministério da Saúde, em Lisboa.
Segundo a nota de imprensa da APMGF, este é “um protesto contra a potencial incorporação de médicos não especialistas nas unidades funcionais dos cuidados de saúde primários e com responsabilidade na gestão de listas de utentes”.
A mesma fonte explicou que esta é “uma medida integrada pelo Governo no Orçamento de Estado para 2022”, considerando que “ameaça a qualidade de cuidados prestados aos utentes nos centros de saúde”.
A APMGF destacou ainda que “esta é uma jornada de contestação cujo intuito fundamental é o censurar a tutela por uma decisão que apenas defrauda as expectativas de muitos portugueses”, reiterando que “lhes oferece apoio clínico de alguém que não é um verdadeiro médico de família”.
Nesse âmbito, a mesma associação “convida todos os colegas da Medicina Geral e Familiar a participar, assim como outros profissionais de saúde e utentes”, referindo que “este é um protesto que mais não faz do que defender a igualdade, integridade e qualidade dos cuidados de saúde prestados no sistema de saúde português”.
Na mesma nota de imprensa, “a organização incentiva os participantes a usarem braçadeiras ou fumos negros no protesto de amanhã, em sinal de luto e em consonância com o lema do protesto «De luto pelo SNS. Em luta pela MGF»”, apelando ainda a levaram “cartazes ou tarjas com as mensagens que considerem adequadas para o momento”.
Autor: Redação DS / Marina Pardal
Foto: APMGF