A Associação Eborae Mvsica realiza, em Julho, o XXIII Ciclo de Concertos “Música e outras Artes nos Claustros” uma atividade marcada pela originalidade dado que o seu objetivo é articular a música com diferentes formas de expressão artística, com qualidade artística e relevância cultural.

O Ciclo continua dia 15 de julho, às 21h30 com o “Música dos secs. XVII e XVIII” por Orlanda Isidro – soprano, Peter Affourtit e César Nogueira – violino, Gerhardt Darmstadt– violoncelo barroco e Helena Raposo – teorba .

Programa – Cima – Sonata ; Johann Rosenmüller – Das ist meine Freude, Cantata; Dario Castello – Sonata ; Kapsberger ; T.Merula – Canzonetta Spirituale sopra alla Nana; Domenico Gabrielli (1651 – 1690) – Ricercar ; Violoncelo solo, Bologna 1689; C. Monteverdi – Lamento della Ninfa; Rognoni – vestiva e coli; C. Monteverdi – Quel sguardo sdegnosetto; Ciaconna; D. Buxtehude – Herr wenn ich nur Dich habe.

Orlanda Isidro iniciou os estudos de canto com Maria Repas Gonçalves em Lisboa. No Conservatório Real de Haia, Holanda, estudou canto clássico com Rita Dams e Lenie van den Heuvel. Para repertório especializado em música antiga estudou com Jill Feldman, e participou em variadas formações com Nico van der Meel, Marie Claude Vallin, Marius van Altena, entre outros. Fez parte da primeira formação Jardin des Voix, Academia de Música Barroca dirigida por William Christie com o qual teve a oportunidade de trabalhar, como solista e música de câmara em variados projetos com Les Arts Florrissants. Como solista apresentou-se também com os maestros Frans Brüggen, Michel Corboz, Ton Koopman, Jos van Veldhoven, Eduardo Lopes Banzo, Eurico Onofri, Gabriel Garrido, entre outros. Foi soprano residente do Dutch Bach Society e do Amsterdam Baroque Choir, e apresentou-se regularmente com o Dutch Radio Choir e com o Dutch Chamber Choir.

Pieter Affourtit nasceu em Rhoon, Países Baixos,em 1963. Teve as primeiras aulas de violino com Martin Sonneveld. Já durante os seus estudos no Real conservatório de Haia dedicou-se ao violino barroco e à interpretação historicamente informada. Trabalhou nas mais importantes Orquestras Barrocas Europeias tal como Freiburger Barock Orchester, Orchestra of the 18th Century and Dutch Bach Society. Fez inúmeras gravações como músico de câmara e como solista.

César Nogueira é membro da Orquestra Barroca Casa da Música desde 2009. A estreita relação com esta orquestra, não só permitiu observar de perto o trabalho de grandes Solistas, como Alina Ibragimova, Enrico Onofri, Andreas Staier, Riccardo Minasi, Fabio Biondi, Dmitri Sinkovsky, Rachel Podger, como deu também a possibilidade de trabalhar com prestigiantes maestros, dos quais se destacam Laurence Cummings, Christophe Rousset, Rinaldo Alessandrini, Masaaki Suzuki, Andrew Parrott, Paul Hillier, Harry Christophers, Hervé Niquet, entre muitos outros. Participou em Masterclasses com Enrico Onofri (San Leo), Ryo Terakado e Susanne Scholz (Urbino), e Enrico Gatti (Casa de Mateus). Em 2020 foi convidado a participar na Ensemble Academie, promovida pela Freiburg Barockorchester, tendo estudado com os professores Gottfried von der Goltz e Petra Müllejans.

Helena Raposo completou em 2008 a Licenciatura em Alaúde e Teorba pelo Departamento de Música da Universidade de Évora, com bolsa da Fundação Medeiros e Almeida, e onde também estudou canto com Liliana Bizineche-Eisinger. Em 2008 é admitida no programa de Mestrado em Performance (MMUS) – (Interpretação Histórica) na Faculdade de Música Antiga do Trinity College of Music (Londres), que concluiu em 2010. Tem atuado em Portugal, Espanha, Inglaterra, Holanda, Bélgica, Itália e Alemanha, com diversos ensembles, como solista, contínuo/ acompanhamento. Atuou em diversos festivais como: Lübecker Lauten Lust (Alemanha), Festival Oude Muziek (Utrecht), Encontros de Música Antiga de Loulé e Ciclo de Música Antiga – Sons Antigos a Sul (Algarve), Internationale Luitedagen (Holanda), Reencontros (Sintra), “Carmina Antiqva” Music Festival (Espanha), Festival Sons de Almada Velha (Almada), Ciclo – Um Músico um Mecenas (Lisboa), Festival de Música Antiga de Castelo Novo (Castelo Novo), Masterproef Lemmeninstitut (Bélgica), entre outros.

Gerhart Darmstadt estudou com Mirko Dorned, Nikolaus Harnoncourt e Anner Bylsma. Como violoncelista e intérprete de arpeggione, maesro, professor e autor é um dos melhores especialistas alemães em Música Antiga.Durante 30 anos foi professor de Interpretação historicamente informada , música de câmara, violoncelo barroco e orquestra barroca na Universidade de Música e Teatro de Hamburg, pelo que era devidamente retribuído. Gerhart é também presidente da International Joseph Martin Kraus Society.

De acordo com Gerhardt a música é uma linguagem que nos toca e que vem da alma e do coração.

Neste ciclo teremos ainda os seguintes concertos durante o mês de julho e sempre às 21h30: 17 – Auto do Labirinto por Il dolcimelo e La Portingaloise; 29 – Cantos do Sabiá – Modinhas Luso-Brasileiras; 30 – “O génio teatral da Pergolesi – excertos da Ópera Lo Frate Nnamorato” por Os Músicos do Tejo.

É aconselhável efetuar reserva através do email [email protected]. É solicitada a contribuição de 5,00€ (entrada para 5 concertos – 20,00€).

A Organização é da Associação Eborae Musica entidade financiada pelo Ministério da Cultura- DGArtes, com Co-Produção da Câmara Municipal de Évora, e apoio de: Diário do Sul, A Defesa, Registo, Antena 2 e Rádio Diana.

Fonte: Nota de Imprensa / Eborae Música

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