As ações de insolvência tiveram um aumento de 16,1% no primeiro semestre de 2021, face ao período homólogo de 2020, com um total de 2.806 insolvências, mais 389 que no ano passado. Contudo, junho regista um valor inferior ao do período homólogo de 2020, com um total de 432 insolvências, menos 52 insolvências (-10,7%), o que poderá traduzir uma tendência de decréscimo deste indicador. Por tipologia de ação, o semestre fechou com um aumento de 24% nas Declarações de Insolvência Requeridas (DIR) por terceiros, enquanto as Declarações de Insolvência Apresentadas (DIA) pelas próprias empresas diminuíram 4,1%. Os encerramentos com plano de insolvência aumentaram 43,7% face a 2020, evoluindo de 23 para um total de 33. No período em análise, foi declarada a insolvência de um total de 1.683 empresas, o que corresponde ao encerramento de mais 295 processos que no período homólogo de 2020 (+21,2%). Porto e Lisboa são os distritos com os valores mais elevados, 697 e 652 insolvências, respetivamente. Face a 2020, verifica-se um aumento de 33,9% no distrito de Lisboa e de 15,4% no Porto. Seis distritos apresentam uma diminuição nas insolvências: Horta (-66,7%), Angra do Heroísmo (-58,8%), Bragança (-45%), Faro (-30,1%), Santarém (-22,6%) e Beja (-18,8%). Os aumentos mais significativos verificaram-se nos distritos de: Vila Real (+141,7%), Guarda (+64,3%), Castelo Branco (+38,9%), Lisboa (+33,9%), Portalegre (+ 33,3%) e Coimbra (+32,3%). Na Madeira, houve uma subida de 26,3% face a 2020 e em Porta Delgada o incremento situou-se nos 10%. Por setores, os aumentos mais significativos registaram-se nas atividades de Eletricidade, Gás, Água (+150%), Telecomunicações (+133,3%), Hotelaria e Restauração (+76,6%) e Indústria Extrativa (+75%). No setor da Construção e Obras Públicas, as insolvências cresceram 27,1%, enquanto o Comércio de Veículos teve um incremento de 14,6% face ao ano passado. A Indústria Transformadora foi uma das áreas de atividade onde o aumento das insolvências foi mais reduzido (+3,5%), tal como o setor do Comércio a Retalho (+2%). Apenas o setor dos Transportes diminuiu o número de insolvências, com uma redução de 9,3% face ao mesmo período do ano passado. |
Constituições acumulam crescimento de 14% |
As constituições cresceram 4,4% em junho face a mês homólogo de 2020 e no total do semestre o crescimento acumulado é de 14,2%, com um total de 20.868 novas empresas criadas, mais 2.599 que no ano passado. O número de constituições mais significativo verifica-se em Lisboa, com 6.269 novas empresas, e no Porto, com 3.843 constituições. Ambos os distritos apresentam um acréscimo de novas empresas de 8,9% e 14%, respetivamente. As constituições aumentaram em todos os distritos com as subidas mais significativas a registarem-se em: Bragança (+83%), Horta (+74,2%), Madeira (+64,6%), Beja (+29,8%), Guarda (+27,9%), Angra do Heroísmo (+ +26,8%) e Leiria (+25%). Por setores, apenas os Transportes apresentam um decréscimo de 36,3% face a 2020. Todos os outros setores de atividade veem crescer o número de novas empresas constituídas com os aumentos mais significativos a verificarem-se nas atividades de: Indústria Extrativa (+72,7%), Comércio a Retalho (+42,6%), Agricultura, Caça e Pesca (+34,3%), Telecomunicações (+21,4%) e Construção e Obras Públicas (+20,6%). O setor da Hotelaria e Restauração teve um aumento modesto de 3%, enquanto a Indústria Transformadora apresenta um incremento de 2,7%. Fonte: Nota de Imprensa / Iberinform |