Desde o dia 9 de janeiro até ao dia 17 de março, foram internados na Estrutura Municipal de Apoio ao Hospital (EMAH) de Évora 123 doentes com COVID-19. O último doente internado nesta estrutura, nesta fase, teve alta no dia 17 de março.
Assim, esta estrutura suspendeu temporariamente, desde 21 de março, a sua atividade, devido ao abrandamento da infeção a nível local e regional.
A EMAH foi um sucesso pela rapidez com que entrou em funcionamento, fazendo frente às necessidades do momento, pelo trabalho que foi desenvolvido pelas equipas, pelos doentes que tratou e é um exemplo da importância da articulação e parceria entre instituições, neste caso, o Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE), a Câmara de Évora e Proteção Civil Municipal.
Maria Filomena Mendes, presidente do Conselho de Administração do HESE, realça que “o trabalho desenvolvido pelas equipas e por cada uma das instituições ultrapassou todas as expetativas. Criou-se uma unidade verdadeiramente focada no doente, concebida e desenvolvida por equipas dedicadas. Em articulação com os outros Serviços do HESE, a rotatividade e articulação dos doentes foi muito bem conseguida, nomeadamente com o Serviço de Urgência, Unidade de Cuidados Intensivos, Medicina Interna, Unidade de Hospitalização Domiciliária Polivalente, Enfermarias COVID-19, Medicina Apoio, entre outros. O Conselho de Administração faz questão de agradecer profundamente toda a colaboração, empenho e esforço de todas as equipas que trabalharam na EMAH.
É difícil expressar a importância e todo o trabalho realizado para transformar o espaço, por parte da CME, e os objetivos e resultados atingidos pela equipa multidisciplinar do HESE, composta pelos vários profissionais: médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, assistente técnico, assistentes operacionais, psicólogos, nutricionistas, farmacêuticos e os profissionais dos Serviços de Instalações e Equipamentos, Tecnologias e Sistemas de Informação e Aprovisionamento.”
A EMAH foi sendo adaptada às necessidades do hospital e dos doentes. Cada doente contou com um apoio costumizado e adaptado às suas necessidades até ao momento da alta. Todos trabalharam com o objetivo do bem-estar do doente. As equipas funcionaram verdadeiramente como equipas multidisciplinares e os doentes sentiram também esse espírito, demonstrando a sua alegria e reconhecimento em cada alta que foi dada.
“Gratidão e reconhecimento a todos, incluindo o Serviço de Segurança no Trabalho, na pessoa da Engª Susana Neves, que se dedicou inteiramente a este projeto, logo na sua génese e até ao último momento, muito para além do que é a sua função e mais do que poderíamos esperar, sempre em equipa com o Sr. Comandante Piteira, responsável da Proteção Civil Municipal. Foi de uma dedicação extrema, incansável e os resultados estão à vista. Assim como a Drª Ireneia Lino, responsável pela equipa médica, e o Enfº João Rocha, responsável pela equipa de enfermagem e de assistentes operacionais. Todos os membros da equipa estão de parabéns porque conseguiram criar uma unidade de enorme sucesso. Fizeram história dentro e fora do Hospital porque sem a EMAH não teria sido possível dar resposta aos doentes mais graves que precisavam de internamento no Hospital, principalmente na fase em que chegámos a ter 120 doentes COVID internados. A manifestação de vontade das pessoas para dar resposta aos doentes foi extraordinária. Foram vários os profissionais que, de forma generosa e solidária, se prontificaram a trabalhar na EMAH, para além do seu horário já sobrecarregado, mesmo sem experiência na área de cuidados COVID. Fizeram a diferença para todos”, sublinhou ainda o HESE na nota informativa que divulgou.
Fonte: HESE / Nota de imprensa