O escultor João Cutileiro faleceu esta madrugada, com 83 anos. De acordo com a agência Lusa, a diretora regional de Cultura do Alentejo, Ana Paula Amendoeira, referiu que “João Cutileiro estava internado num hospital de Lisboa com graves problemas do foro respiratório”.

Segundo a mesma agência notociosa, João Cutileiro “viveu e trabalhou em Évora desde 1985”, destacando que “a sua primeira exposição individual aconteceu em Reguengos de Monsaraz, em 1951, quando o artista tinha 14 anos, na qual apresentou esculturas, pinturas, aguarelas e cerâmicas”.

A Lusa dá conta ainda de que “João Cutileiro foi condecorado com a Ordem de Sant’Iago da Espada, Grau de Oficial, em agosto de 1983, e recebeu o Doutoramento Honoris Causa pela Universidade de Évora e pela Universidade Nova de Lisboa”.

Acrescentou ainda que, “em 2018, João Cutileiro recebeu a medalha de mérito cultural, atribuída pelo Governo, numa cerimónia no Museu de Évora que serviu igualmente para formalizar a doação do espólio do escultor ao Estado português”.

O Presidente da República já lamentou a morte do escultor, enviando à família as suas sentidas condolências.

Na mensagem expressa na página da Presidência da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa recordou que “João Cutileiro nunca foi indiferente, nem nunca nos deixou indiferente”.

Destacou que “nascido numa família culta, com forte ligação ao Alentejo, irmão do diplomata e escritor José Cutileiro, viveu em Lisboa, onde conheceu bem o meio literário e artístico”, lembrando que “o surrealismo interessou-o, a política tentou-o, as viagens ao estrangeiro abriram-lhe horizontes”.

O Presidente da República realçou que “o seu trabalho como escultor, mas também como fotógrafo, é marcado pelas revisitações do imaginário nacional e por um franco erotismo”.

Admitiu também que “tive o privilégio de com ele privar em certa época, num ambiente de amizade”.

Marcelo Rebelo de Sousa evidenciou ainda que João Cutileiro, “nas últimas décadas, viveu em Évora, onde apadrinhou muitos artistas mais jovens e expôs a sua vasta obra, tendo doado o seu espólio à Direção Regional de Cultura do Alentejo, à Universidade de Évora e à Câmara Municipal”.

Autor: Redação DS / Marina Pardal

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