O PE quer uma Estratégia da UE para as Florestas ambiciosa para o período pós-2020, que promova uma gestão sustentável e que tenha em conta os aspetos económicos, sociais e ambientais.
Num relatório hoje aprovado com 462 votos a favor, 176 contra e 59 abstenções, o PE aborda uma série de questões relativas às florestas, como o papel do setor florestal no cumprimento dos objetivos do Pacto Ecológico Europeu, a prevenção de incêndios, o êxodo rural e a importância da política agrícola comum, do financiamento das medidas silvícolas e dos programas-quadro de investigação para os meios de subsistência e o desenvolvimento da bioeconomia nas zonas rurais.

Os eurodeputados sublinham que é necessária uma Estratégia da UE para as Florestas ambiciosa, independente e autónoma para o período pós-2020, que tenha em conta a sustentabilidade económica, social e ambiental e que assegure a continuidade do papel multifuncional das florestas.

A resiliência europeia a catástrofes e os mecanismos de alerta precoce devem ser reforçados para melhor prevenir os incêndios florestais e outras perturbações naturais, diz o PE. Propõe também um financiamento adequado da investigação e inovação, com vista a tornar as florestas mais resilientes às alterações climáticas, e melhores mecanismos de apoio às áreas e propriedades afetadas para que possam ser recuperadas.

O documento destaca os benefícios climáticos decorrentes das florestas e da cadeia de valor florestal, nomeadamente o sequestro de CO2, o armazenamento de carbono nos produtos à base de madeira e a substituição das matérias-primas e da energia baseadas em combustíveis fósseis.

O PE apela à adoção de medidas para travar a desflorestação a nível mundial e para incentivar não só a reflorestação e a florestação, mas igualmente a gestão sustentável dos recursos florestais. O relatório reitera ainda a necessidade da inclusão de disposições específicas em matéria de gestão sustentável das florestas nos acordos comerciais celebrados pela UE.

“As florestas e o setor florestal têm potencial para aumentar o seu contributo para o clima, o ambiente, as pessoas e a bioeconomia circular. São necessários investimentos a longo prazo na gestão sustentável das florestas, a fim de garantir que estas, além de permanecerem economicamente viáveis, também contribuem significativamente para a consecução dos muitos objetivos da UE, incluindo o Pacto Ecológico Europeu e a transição para a bioeconomia circular”, disse o relator, Petri Sarvamaa (PPE, Finlândia).

As florestas e outros terrenos arborizados cobrem, pelo menos, 43% da superfície da UE. O setor florestal emprega cerca de 500 mil pessoas, diretamente, e 2,6 milhões, indiretamente. Cerca de 60% das florestas da UE são propriedade privada.
A Comissão Europeia deverá apresentar a futura Estratégia da UE para as Florestas no início de 2021.

Fonte: Parlamento Europeu / Nota de Imprensa

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