O Monte Selvagem é a nova casa para uma família de primatas, oriundos do AAP – Centro de Resgate de Animais Exóticos, nos Países Baixos. Os cinco macacos esquilo estão agora a adaptar-se ao seu novo habitat neste parque situado em Lavre, no concelho de Montemor-o-Novo.
Em comunicado, o Monte Selvagem esclareceu que “no âmbito da recolocação de animais resgatados, em colaboração com a AAP (Animal Advocacy and Protecction), uma organização europeia de bem-estar animal, acolhemos uma família de cinco macacos esquilo (Saimiri sciureus e Saimiri boliviensis)”.
De acordo com a mesma fonte, “embora estas espécies tenham a classificação de ‘Pouco Preocupante’, segundo a IUCN – União Internacional para a Conservação da Natureza, enfrentam ameaças como a destruição do seu habitat natural, a caça ilegal e a captura direta para comércio de animais de estimação”.
O Monte Selvagem adiantou ainda que “estes animais foram confiscados pelas autoridades competentes a particulares e resgatados do comércio ilegal”, focando que “foram reabilitados nos centros de resgate AAP, nos Países Baixos e em Espanha, por veterinários especializados, zootécnicos e biólogos do comportamento”.
Acrescentou que “quando já estavam capazes de sociabilizar em grupos e preparados para uma mudança para outra boa casa, foram enviados para um verdadeiro centro de conservação da natureza: o Monte Selvagem”.
No mesmo comunicado é salientado que “os procedimentos para a recolocação destes animais teve início no ano passado, culminando agora no acolhimento dos animais no Monte Selvagem, que aconteceu no passado mês de agosto”.
Foi ainda destacado que “a equipa de técnicos de Ciência Animal do Monte Selvagem cuida agora também dos novos macacos esquilo, cumprindo a missão do parque de alojar animais necessitados de habitats alternativos.”
Segundo o Monte Selvagem, esta nova família juntou-se “aos macacos rabo de porco, suricatas, saguins e coatis provenientes do mesmo santuário, que em terras alentejanas encontraram o bem-estar propício à sua conservação”.
Garantiu ainda que “os cinco macacos esquilo encontram-se com saúde, calmos e estão a adaptar-se facilmente ao novo habitat no Alentejo”.
O parque alentejano evidenciou que, “através do seu projeto pedagógico, o Monte Selvagem educa também o seu público para problemas ambientais, como a destruição de habitats e a necessidade de habitats alternativos para animais, bem como a extinção das espécies e o impacto negativo para a espécie humana”.
Relativamente ao Monte Selvagem, há a realçar que, habitualmente, está aberto de fevereiro a outubro. No entanto, devido à pandemia, este ano esteve fechado entre março e julho.
Na nota de imprensa enviada ao Grupo Diário do Sul, é referido que “este é um projeto familiar que sofreu grande perda de visitantes pela pandemia atual, sendo esta a única fonte de financiamento do parque”.
É ainda frisado que “reabriu em julho, com uma política “Clean & Safe”, de acordo com as orientações do Turismo de Portugal, tentando salvar a época e não ter de encerrar portas definitivamente”.
O Monte Selvagem alberga, “em 20 hectares, cerca de 250 animais de mais de 50 espécies diferentes, além de fauna e flora autóctones”, enumerou a mesma fonte, lembrando que “possui o único trampolim gigante familiar de Portugal e inúmeras brincadeiras”.
Este espaço vai estar aberto até 31 de outubro, todos os dias (das 10 às 15 horas), exceto às segundas-feiras.
Autor: Redação DS / Marina Pardal
Foto: Monte Selvagem