“O Homem do Sul – crónicas de um algarvio marafadiço” é um livro escrito por Dinis Pires, antigo diretor-geral do Hotel Convento do Espinheiro, em Évora. Com o Algarve como “pano de fundo”, esta obra fala precisamente desta região, estando muitas destas histórias escritas segundo a pronúncia algarvia.

Publicado em julho de 2020, pelas Edições Colibri, o livro já foi apresentado no Algarve, estando prevista a sua apresentação também em Évora.

De acordo com a informação presente na obra, Dinis Pires é formado em Gestão Hoteleira pela Escola de Hotelaria e Turismo do Porto e pela Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril.

O autor tem desempenhado “funções de gestão de crescente responsabilidade em hotéis de 5 estrelas do nosso país”. Exemplo disso, foi ter desempenhado a função de diretor-geral do Convento do Espinheiro – Historic Hotel & Spa. De salientar que, desde 2014, é diretor-geral no Hilton Vilamoura – as Cascatas Golf Resort & Spa.

É também destacado que Dinis Pires “é um apaixonado pela natureza, pelas coisas do campo e define-se como ‘agricultor de fim de semana’”, adiantando que “outra das suas paixões é a gastronomia nacional, cujas calorias são mitigadas mas frequentes caminhadas que faz”.

Francisco Bilou é o responsável pela capa de “O Homem do Sul – crónicas de um algarvio marafadiço”. Na sua opinião, “estas crónicas de um algarvio marafadiço são pedaços de vida retirados ao tempo pretérito com o mesmo carinho de quem tateia pelo veludo das boas memórias com o propósito, quase sagrado, de as mimar, de as ter por perto, para que nunca fujam para longe, para que nunca morram sem avisar”.

Francisco Bilou confessou que “a sensação que me fica é que o Dinis cuida dessas suas boas memórias como um pastor alentejano cuidaria do seu rebanho sem deixar tresmalhar uma só ovelha”, por exemplo.

Frisou que “nessa condição de quem voa ao lugar das memórias com asas de afeto, ei-lo a escrever sobre essa personagem, tão imaginária quanto real, chamada ‘Caganita-Mol’”, apontando que é uma “espécie de figura mítica que todas as aldeias do mundo têm. E estimam”.

Para Francisco Bilou, “nessa figura popular cabe a vida de Dinis e a vida dos que ele conhece e estima – os ‘amigues’ com A grande, como ele diz”, referindo que “é nessa personagem e nesse mundo original recriado para ela que o Dinis encontra a mais pura forma de humanidade, a um tempo ingénua e pura, a outro, temerária e rebelde, mas sempre firme à terra, como um sobreiro, num compromisso antigo de raízes”.

No texto introdutório que escreve, Francisco Bilou questiona “pode alguém lançar-se na aventura literária sem antes ter exercitado as asas da escrita?”, respondendo desde logo que “parece que sim”.

Acrescentou ainda que “com prazer e sucesso, o que é obra a dobrar”, constatando que “a ideia que dá é que o Dinis, sem que ninguém desse por isso, foi ao sítio mais alto da sua aldeia, olhou-a a seus pés e num golpe de asa veio por aí abaixo em voo picado, como se, de repente, os seus olhos ganhassem precisão de águia, conseguindo vislumbrar, à distância de muitos quilómetros de tempo, as memórias felizes de um tempo que ficou lá para atrás”.

Quanto ao livro, no primeiro capítulo, o autor escreve que “a amizade é uma coisa muito bonita e eu ‘tenhe’ a honra de ter alguns ‘amigues’ com A grande”, lembrando que “cada um tem uma história de vida diferente, mas estão todos ao mesmo nível na escala da amizade”.

Dinis Pires focou que,“ainda assim, há um que hoje vou destacar. Não porque seja mais ‘amigue’ que os bons ‘amigues’, mas, simplesmente, porque este sacana me faz pensar e, às vezes, rir, outras vezes chorar”. É aí que ficamos então a conhecer o Joaquim Charroco Caganita-Mol.

Autor: Redação DS / Marina Pardal

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