A Associação Eborae Musica promove nos dias 12, 19 e 20 de setembro o XVIII Ciclo de Concertos “A Quaresma na Escola de Música da Sé de Évora”, que estava previsto para o mês de março, mas que por causa da pandemia covid-19 teve de ser adiado. O ciclo integra os seguintes Concertos: dia 12 de setembro às 18h00 – Coro Polifónico “Eborae Mvsica”, direção de Eduardo Martins; dia 19 de setembro às 21h30 – Grupo Vocal “Os Cupertinos”, direção de Luís Toscano; dia 20 de setembro às 18h00 – Officium Ensemble, direção de Pedro Teixeira. Este é um ciclo dedicado à polifonia da Escola de Música da Sé de Évora, criada para o período da Quaresma.

O Coro Polifónico “Eborae Mvsica” fez a sua primeira apresentação pública em setembro de 1987 , incluído no acontecimento cultural “Os Povos e as Artes” o Coro Polifónico da Associação Musical de Évora – EBORAE MVSICA. Interpreta predominantemente a polifonia da Escola de Música da Sé de Évora (sécs. XVI e XVII) mas também outras obras de diferentes épocas, como exemplo, a Oratória “Jephte”, de Carissimi, a “Missa da Coroação”, de Mozart, o “Gloria”, de Vivaldi, a Missa em Dó Maior, de Mozart, para Coro e Órgão, Missa em Sol M de Carlos Seixas), Missa em RéM op.86 de A.Dvorák. Em Kosice, Eslováquia, a convite do Coro da Universidade Técnica de Kosice; no XVI Festival Internacional “Encontro com a Polifonia” em Giarre, Sicília, Itália em 2001, na Dinamarca, em 2002, com o Coro de Roskilde, integrado na Rede MECINE e no 22ºFestival de Coros de Preveza e 10º Concurso Internacional de Música Sacra de Preveza, Grécia (2004)e mais recentemente a participação no Festival de Coro de Florença (Itália) onde obteve três prémios. O Coro Polifónico foi dirigido até Outubro de 1991, pelo Dr. Adelino Santos. A partir de 91, e até 97, passou a contar com a regência do Maestro Francisco d’Orey;desde princípios de 97 e até Maio de 2013 teve a direção do Maestro Pedro Teixeira. Atualmente é dirigido pelo Maestro Eduardo Martins.

O Grupo Vocal “Os Cupertinos” foi estabelecido em 2009 no seio da Fundação Cupertino de Miranda – Vila Nova de Famalicão, Portugal – com o propósito de recuperar, estudar e divulgar o vastíssimo e ainda largamente por desvelar património musical português dos séculos XVI e XVII, o grupo vocal Cupertinos, inicialmente intitulado Cappella Musical Cupertino de Miranda, tem-se afirmado como um verdadeiro embaixador da Polifonia Portuguesa. Com uma sólida perspetiva de longo prazo assente numa média anual de concertos próxima das duas dezenas desde a sua estreia, os Cupertinos mantêm uma cadência contínua de descoberta e apresentação pública de obras inéditas que ascende já a oitenta. Duas das suas características diferenciadoras são uma rede de parcerias com muitos dos principais monumentos de Portugal, que garante uma simbiose histórica e acústica entre o repertório e os locais dos concertos, bem como uma ligação privilegiada à Universidade de Coimbra, que alberga um dos mais ricos repositórios musicais do Renascimento em todo o Mundo. Numa abordagem performativa sem precedentes, através de um estudo exaustivo que permite um conhecimento cada vez mais profundo das obras, vários destes inéditos têm sido transcritos, a partir das fontes originais, com a participação ativa dos próprios membros dos Cupertinos sob a orientação do diretor do grupo, Luís Toscano, e do musicólogo José Abreu.

O Officium Ensemble tem-se estabelecido como um dos mais proeminentes grupos vocais portugueses dedicados à música antiga. O Officium Ensemble une uma sólida interpretação a uma reiterada investigação musicológica, recorrendo a impressos e manuscritos da época no sentido de oferecer performances historicamente informadas, para além de possibilitar ao público primeiras audições de várias obras em tempos modernos. O repertório que domina e no qual se especializou estende-se por todo o período do Renascimento e início do Barroco, dedicando-se com especial enfoque à música antiga portuguesa e especificamente à música da Sé de Évora, abarcando também as escolas franco-flamenga, espanhola e inglesa da Era Tudor. O ensemble tem atuado em inúmeros locais e festivais de música antiga, desde as Jornadas Internacionais Escola de Música da Sé de Évora e Festival Música em São Roque, passando pelos festivais Terras sem Sombra, Dias da Música (CCB), Festival de Órgão de Lisboa e Festival AMUZ Laus Polyphoniae em Antuérpia, entre outros. A formação base de doze cantores é maleável de acordo com o repertório, juntando mais cantores sempre que necessário. A manutenção de uma estética sonora e interpretativa de excelência é o axioma que rege todo o trabalho do Officium Ensemble, na ambição incessante pela qualidade como veículo de homenagem a um dos mais ricos períodos da história da música ocidental

Este ciclo de concertos é organizado pela Eborae Mvsica – Associação Musical de Évora, entidade financiada pelo Ministério da Cultura-DGArtes, com o apoio da Câmara Municipal de Évora, Diário do Sul, Rádio Diana, Antena2, A Defesa, Registo.

Fonte: Eborae Musica / Nota de imprensa

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