Resposta à crise imposta pela covid-19

Fonte: Redação «Diário do SUL» / Autor: Roberto Dores
O presidente da Câmara de Reguengos de Monsaraz, José Calixto, ambiciona aliviar a crise do momento, imposta pela pandemia, já no próximo ano, à boleia da realização de dois eventos internacionais associados ao enoturismo e aos valores da sustentabilidade.
Segundo avançou o autarca ao Diário do Sul, no horizonte do município está a possível organização da Convenção Mundial de Enoturismo para maio de 2021. “Ainda não está confirmado, mas poderemos ter cá essa quinta Convenção da Organização Mundial de Turismo”, sublinhou o edil, apontando ainda à organização de “um grande evento ligado à água e a outros valores da sustentabilidade”, referiu.
O autarca assume ser tempo de Reguengos de Monsaraz tentar retomar a normalidade possível. “Temos uma cidade magnífica para receber quem nos visita, que é promovida por esse Mundo fora. Depois temos Monsaraz que é, anualmente, visitada por 100 mil pessoas”, sublinhou o edil, relembrando que mesmo na fase de pandemia e com os riscos acrescidos face ao aumento de visitantes provenientes de vários países, os principais pontos de atração turística passaram ao lado do novo coronavírus.

“Nada aconteceu ao nível de Monsaraz, nem dos alojamentos locais, da olaria ou dos circuitos turísticos. Tudo foi feito com segurança”, assume, acrescentando ainda que a reabertura dos espaços turísticos teve em atenção o selo Clean & Safe, contando, segundo José Calixto, “com a ajuda da Câmara no processo de certificação deste crivo de segurança pública. Tivemos tudo preparado em termos daqueles valores da saúde pública e segurança face ao risco pandémico”, resumiu.
Argumentos que levam o autarca a garantir que o concelho reúne agora condições para convidar os turistas a visitarem Reguengos de Monsaraz. “Podemos dizer a todos que venham até nós com garantia de segurança, cumprindo as regras”, insistiu José Calixto, acreditando que o concelho poderá “voltar rapidamente” a recuperar o interesse dos visitantes que existia antes do surto na Fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva.
O surto provocou uma espécie de depressão entre os dois principais setores da economia do concelho. O turismo e o vinho registam quebras assinaláveis, quando há menos de mês se admitia poder estar pela frente um dos melhores verões de sempre.

Aliás, a praia de Monsaraz, na albufeira de Alqueva, abriu a 10 de junho com enchente e boas perspetivas para a época balnear, mas os casos positivos de covid-19 mudaram o cenário. Há mais de um mês admitia-se que as cerca de 2 mil camas que formam a capacidade hoteleira do concelho alentejano estariam esgotadas para julho e agosto.
Mas nem só os negócios junto a Alqueva estão a sentir os efeitos do surto. A restauração também tem sentido os dias difíceis, tal como a própria olaria de São Pedro do Corval.

Com os restaurantes em crise, os vinhos, que são o outro músculo da economia reguenguense, também encaram dificuldades.
Perante o estado que crise que atravessa o concelho devido ao impacto do surto do novo coronavírus, a Câmara de Reguengos Monsaraz assume a preocupação, alertando que tem um caderno repleto de medidas excecionais para o relançamento económico e social.
Veja também a notícia relacionada:
https://www.youtube.com/watch?v=JygJC8wsTNc
Fonte: Redação «Diário do SUL» / Autor: Roberto Dores